Paulo Autuori não é mais diretor de futebol do Fluminense. Entre outros fatores, a questão financeira do clube é um dos pontos. Toda e qualquer negociação que envolve pagamentos no Tricolor é de difícil solução. Manter os salários dos jogadores em dia gerou desgaste para Autuori, principal elo entre o elenco e a direção.
A forma como o caso Kleber Gladiador foi conduzido também foi um dos episódios que mais desagradou Autuori. O diretor desejava a preservação do atacante e se incomodou com o vazamento das informações de que ele teve a contratação desaconselhada pelo departamento médico em razão de problemas nos joelhos.
Outro ponto, foi a saída do diretor executivo Marcus Vinícius Freire, o ex-superintendente do COB e um dos principais responsáveis pela vinda de Autuori para o Fluminense.
Mais um episódio que contribuiu para sua saída foi a reprovação da exposição da festa ainda no vestiário do Maracanã após o título da Taça Rio. Autuori queria algo mais restrito a jogadores e comissão técnica, e foi surpreendido com a presença de pessoas de fora do clube, entre eles Rubens Lopes, presidente da Ferj.
O turbilhão político das Laranjeiras também é uma das razões que deixaram Autuori contrariado. Recentemente, cinco vice-presidentes deixaram o clube. Além disso, algumas correntes internas contestavam o trabalho do dirigente e questionavam até mesmo se valeria a relação custo-benefício.