Sair da vice-lanterna? Que nada! O Vasco só se preocupa com o lado direito do Maracanã. Na ação impetrada na 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, os advogados do clube de São Januário solicitam uma liminar de “busca e apreensão/obrigação de entregar” a fim de retomar o lado que eles consideram de posse do Vasco.
Num trecho do texto, o Vasco entende que “supostamente (Fluminense e Consórcio) teriam ajustado entre si Cláusula na qual o segundo requerido passaria a deter exclusividade de alocação de sua torcida no hoje denominado setor sul do Estádio, o que evidentemente, afronta o edital de licitação e vilipendia o histórico e arraigado direito conquistado (público e notório, repita-se), no campo, pelo Vasco da Gama nos idos de 1951 e exercido com anuência de todos os clubes por mais de 60 anos”.
O Fluminense, em sua defesa, afirma que a pretensão do Vasco é “absurda e não encontra o mais mínimo respaldo no ordenamento jurídico vigente” e completa dizendo que é justamente a postura do rival que “poderia colocar em risco os direitos dos torcedores.
O Tricolor vê “flagrante ilegitimidade” por entender que o direito não seria do Vasco, mas dos torcedores, e que estes deveriam impetrar tal ação.
O clube das Laranjeiras ainda relembrou que, após a assinatura do contrato com o consórcio, já disputou quatro clássicos com o Vasco no estádio seguindo a disposição das torcidas: Fluminense do lado direito e Cruzmaltino no esquerdo “sem qualquer problema”, não gerando riscos.
Por fim, os tricolores argumentaram que uma mudança de lado aumentaria chances de confrontos, já que os caminhos naturais (partindo das respectivas sedes das maiores organizadas) levam Fluminense ao setor sul e Vasco ao setor norte.