Um dos árbitros do quadro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rafael Martins de Sá trocou o uniforme dos jogos pelo jaleco de enfermeiro e tem atuado no combate ao coronavírus. Com a paralisação das partidas, o árbitro voltou sua atenção total para a profissão que exerce em hospital de Maricá, na Região dos Lagos.
– É uma luta, é difícil para todos. A prioridade como enfermeiro é no combate à pandemia, mas estava no melhor momento da minha carreira. É torcer para que passe logo, o que estamos tentando fazer é achatar a curva para que os hospitais aguentem – relatou.
Martins apitou quatro jogos no Carioca. O último foi na goleada do Fluminense por 4 a 0 sobre o Resende. Sem as partidas, aproveita para “devolver as trocas em escalas” com seus companheiros de trabalho, uma vez que precisa fazer alterações quando é relacionado para apitar.
Assim como os jogadores, também tem tentado manter a forma durante o período sem jogos por conta do Covid-19.
– O que tenho feito para suprir essa falta de jogos é trabalho físico e estudo das regras. Mas o ritmo de jogo só irei readquirir apitando mesmo. Estou tomando cuidados em dobro para me manter saudável. No hospital, eu me esqueço do campo. Eu me condicionei a isso. Quando a situação se normalizar, volto a viver também a vida de árbitro – falou o enfermeiro.