Em sua apresentação ao Fluminense, Enderson Moreira teve de falar um pouco também sobre a saída do Santos, no decorrer do Campeonato Paulista. Á época, noticiou-se que um dos motivos foi o relacionamento com os jovens do time não ser dos melhores. Como o Tricolor também tem muitos garotos no grupo, essa poderia ser uma preocupação. O técnico, no entanto, afirmou tratar todos da mesma forma, independentemente da idade, e ter uma preocupação sobre o momento dos mais novos ganharem oportunidades.
– Minha relação com atletas é sempre da melhor forma possível. Estamos sempre buscando que possam crescer. Trabalhei 15 anos com categorias de base e acho que me sinto capaz de falar sobre isso. O que sempre tive foi cuidado, tensão para que os atletas possam surgir de maneira natural. O que se falou no Santos foi uma situação específica. E falei que não tenho nenhuma questão relacionada à idade. O que me baseio é qualidade técnica do atleta do momento. Sempre procuro perceber o que o menino de 16 anos pode agregar para a equipe e o de 31 pode. Eu me baseio na qualidade técnica. Acho que muita coisa que foi questionada no Santos só foi confirmada com a minha saída. Foi o mesmo time que eu deixei e acabou campeão paulista. É questão natural que o jogador de 34 anos (Ricardo Oliveira) vivia melhor momento. Poucos lembram que o Caju foi lançado por mim no Santos, o Guedes, o Otávio… Meu tratamento com o jovem é o mesmo do experiente. É de capacitá-lo para poder enfrentar a difícil realidade do futebol brasileiro. Vocês lembram muito dos que deram certo, mas nunca lembram dos que não deram. É muito fácil jogar a carreira de um menino colocando ele numa pressão, com exposição enorme. Eu quero sempre deixá-los prontos para entrar e render bem – disse.