Sob o comando do Fluminense, Mano Menezes conseguiu a quarta vitória seguida no Campeonato Brasileiro. Com a equipe em campanha de recuperação, o técnico foi questionado na entrevista coletiva se tinha encontrado o ataque ideal com Serna, Arias e Kauã Elias. Cauteloso, o treinador falou ainda ser cedo, mas defendeu a continuidade de uma formação. Ainda assim, afirma procurar colocar sempre os jogadores que estejam na melhor condição física possível para poderem manter o nível nas partidas.
— Eu acho que é um pouco cedo. Nós temos uma amostragem pequena, mas, nessa hora, eu tenho que, como treinador, dar o máximo de tranquilidade para a equipe. Se eu fico mudando a todo momento, nós nunca conseguimos atingir um nível de entrosamento técnico capaz de dar movimentos naturais para a equipe. Quando chegamos, a equipe tinha perdido tudo isso. Porque o futebol é assim, quando o futebol não vem, você acaba perdendo tudo e era tudo muito pesado, o jogo era pesado, a transição era pesada. É muito difícil você criar alguma coisa diferente no futebol quando esse sentimento faz parte de uma equipe. Hoje nós já vimos algumas jogadas saindo naturalmente, quase sem olhar para o companheiro. É daí para a frente. E isso também se deve, primeiro, ao resultado ter vindo. Não tem nada a ver com a equipe. Sim, com pequenas variações. É isso que nós vamos fazer. Eu sou adepto de escolher os melhores jogadores, os que estão mais inteiros para jogar – disse, prosseguindo:
— Porque a intensidade do jogo hoje não permite que se coloque um jogador sem condições. Por melhor que ele seja, ele vai ficar abaixo. E se ele ficar abaixo, você já perdeu 10% da sua equipe. Se isso acontecer com dois jogadores, você perdeu 20%. E às vezes 10% até carrega mais 9%, não carrega mais 2% nesse futebol tão competitivo como a gente está. Nós vamos seguir da maneira como a gente fez. A exceção nossa de ter tirado cinco jogadores ao mesmo tempo em Caxias do Sul se dever o fato de nós termos dois dias ou menos de recuperação para jogar com Bahia. Isso afetou diretamente aquilo que pensávamos como regimento. Era impossível nós fazermos um jogo com dois dias a menos. Em quatro isso significa 100% a mais de recuperação do Bahia para jogar aqui. Então, nós não conseguiríamos competir com um time que é muito bom, que toca muito bem a bola se a gente não tivesse essa saúde física na grande maioria dos jogadores.