Ex-dirigente do Fluminense, Jackson Vasconcelos esteve presente no 7º Seminário Nacional de Fomento e Incentivo ao Esporte. Realizado na última segunda-feira, no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Ele foi um dos palestrantes do evento e falou sobre o fracasso da seleção brasileira na Copa do Mundo. – Uma sucessão de erros não pode dar em outra coisa se não em uma situação negativa. Por exemplo, o que se espera da escolha de um técnico para a Seleção? Que seja o melhor do país, vivendo a melhor fase. Claramente, não poderia ser o Felipão. Depois disso, houve todo o resto, do glamour de campeões antes até de iniciada a Copa à imagem do autor do gol contra, jogador Marcelo, concedendo entrevista com a camisa do adversário – disse. Mas Jackson vai além e, para ele, a eliminação da seleção com uma goleada de 7 a 1 para a Alemnha na semifinal vai além e passa pela má gestão dos clubes no país. – O que está dando errado? O modelo de gestão dos clubes, o DNA do futebol. Juntos, os 24 principais clubes do Brasil tiveram um aumento de receita de 99% em cinco anos. Só no ano de 2013, último dado disponível, eles contabilizaram R$ 3,27 bilhões, na coluna das receitas. O desempenho ruim não é em razão do modelo corporativo, com Conselhos e Presidentes eleitos, e sim porque os dirigentes dos clubes são torcedores – afirmou, completando: – Você tem um torcedor apaixonado decidindo o futuro do clube e um bando de espertalhões em volta arrancando dinheiro no momento da grande paixão. Se a Receita Federal não estrangula os clubes, hoje eles não estariam trabalhando para reduzir os gastos.