Não chega a ser novidade para ninguém que o Fluminense passa por graves problemas relacionados ao seu fluxo de caixa, além de dívidas nas mais diversas esferas. Paralelo a isto, o Itaú BBA divulgou, na terça-feira (28), seu relatório anual sobre as finanças dos clubes brasileiros. Sobre o Tricolor, o banco ressaltou que o clube vem “enxugando gelo”.

Para equilibrar sua situação financeira, o clube das Laranjeiras precisa “vender ativos, encerrar atividades deficitárias, reduzir custos e alongar passivos”, destaca o estudo.

 
 
 

Veja:

Confira abaixo a íntegra da análise do Itaú BBA sobre as finanças do Fluminense:

“Tempestade à vista

Fluminense é mais um dos clubes que opera no processo de enxugar gelo. Porém, por mais que faça ajustes e cortes de custos, enfrenta uma condição de endividamento tão alto que o atual porte de receitas é incapaz de dar conta sozinho de servir a dívida.

Sendo assim, o problema é que vira um círculo vicioso, pois o clube é obrigado a buscar financiamentos operacionais para pagar passivos refinanciados, usa a venda de atletas para tapar buracos operacionais e o impacto de tudo isso é um ajuste lento.

O clube precisa encontrar um equilíbrio que parece distante. Ou seja, isso significa reduzir ainda mais os custos e entrar num risco de enfraquecimento maior do elenco, com risco de rebaixamento. Mas como operar um endividamento tão alto com receitas insuficientes para servi-lo?

Não há segredo. É preciso vender ativos, encerrar atividades deficitárias, reduzir custos, alongar passivos. Ou o clube não sairá desse círculo vicioso, que 2020 deixará ainda pior.

O futuro do Tricolor das Laranjeiras tem horizonte bastante carregado.”

É válido frisar que o Fluminense possui uma dívida total de R$ 642,5 milhões. O balanço financeiro de 2019 apontou que a dívida tricolor cresceu 2% (R$ 13,5 milhões) no intervalo de um ano.