Entidade que rege o futebol brasileiro está insatisfeita com postura da Conmebol sobre episódios racistas
Por conta da postura da Conmebol em relação aos frequentes casos de racismo em competições sul-americanas, a CBF decidiu boicotar o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana, realizado na noite da última segunda-feira (17) na sede da entidade, em Luque, no Paraguai na sede da entidade.
Presidente da Confederação brasileira de futebol, Ednaldo Rodrigues não só não viajou ao Paraguai, como também não mandou nenhum representante. Segundo o portal Lancenet, o mandatário ficou especialmente irritado com o resultado do caso envolvendo o atacante Luighi, do Palmeiras, vítima de racismo em jogo válido pela Libertadores Sub-20.
O caso de Luighi fez a CBF abrir uma representação junto à Fifa. A entidade exige uma cobrança mais dura da Conmebol nos casos envolvendo racismo. Até o momento, a Fifa não se posicionou sobre o assunto, mas deve responder dentro de algumas semanas à solicitação da Confederação brasileira.
Nessa última segunda-feira, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, afirmou em discurso que quer reunir autoridades e clubes para debater medidas contra o racismo em competições sul-americanas.
Na noite de 6 de março, o atacante Luighi foi vítima de racismo em jogo válido pela Libertadores Sub-20, contra o Cerro Porteño (PAR), em Assunção. A CBF emitiu nota repudiando as ofensas ao jovem, que foi chamado de “macado” pelos paraguaios, informando que a diretoria jurídica da entidade faria uma representação junto à Conmebol cobrando rigor nas punições.
A confederação sul-americana, no entanto, reagiu como de praxe, aplicando apenas uma multa leve ao Cerro Porteño e exigindo medidas educativas e de conscientização aos torcedores sobre o racismo.