Na última sexta-feira, candidato à presidência do Fluminense pela chapa “Verdade Tricolor”, Pedro Trengrouse, protocolou uma carta endereçada ao candidato da Flusócio e mandatário do Conselho Fiscal, Pedro Abad. O documento questionava a engenharia financeira por trás dos reforços. Segundo rival político de Abad, a preocupação seria com o Profut. Um dia depois, por intermédio de suas redes sociais, o presidente do Conselho Fiscal se pronunciou sobre esse e outros temas.

Confira a postagem na íntegra:

 
 
 

“Sobre as perguntas que a mim foram endereçadas nesta semana no Twitter, só respondo agora porque estava envolvido em reuniões importantes de interesse do Fluminense, com meu trabalho e minha família. Contudo, seguem algumas considerações que gostaria de fazer.

– Primeiramente, ressalto que caso o sócio em questão, que protocolou a referida carta, estivesse realmente preocupado com o Fluminense, procuraria o Conselho Diretor ou a mim pessoalmente para esclarecer o assunto antes de tornar a questão pública na internet. Parece que a preocupação maior não foi com o clube como tenta fazer crer, mas com política e eleição.

– Cabe lembrar ao sócio que o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal existem para representar também o quadro social. Há ritos próprios de atendimento às demandas destes Conselhos. É preciso saber entender e respeitar os procedimentos.

– Não existe o menor sentido em me afastar do Conselho Fiscal. Primeiro, porque não há qualquer previsão estatutária nesse sentido. Segundo, porque já fiz por diversas vezes correções de procedimentos junto à administração do clube. Terceiro, porque o Conselho Fiscal tem outros membros que tem o mesmo poder que eu, não existindo a menor chance de qualquer documento que estes demandem à gestão do clube não lhes seja entregue. Assim, não há qualquer obstáculo à minha atuação no Conselho Fiscal que derive de minha intenção de me candidatar à Presidência do clube (nem de qualquer outra natureza).

– Felizmente o Fluminense não foi exposto no ato eleitoreiro porque, ao contrário da hipótese levantada, as regras do Profut não estão sendo descumpridas pela atual gestão. Inclusive, se o Fluminense está no Profut, tendo sido o primeiro clube do Brasil a apresentar todas as certidões exigidas, o mérito é da atual gestão. O torcedor pode ficar tranquilo.

– O novo presidente vai receber um jogador que foi o grande destaque da última edição da Libertadores. É um atleta novo, que pode dar um ótimo resultado em campo e que, no futuro, depois de ganhar os títulos que dele se espera, pode ser vendido por um valor alto, uma vez que tem grande potencial de revenda. É o tipo de investimento que julgo adequado. Será muito bem recebido. Precisamos de um Fluminense com grandes atletas. Um time capaz de lutar por todos os títulos que disputar, à altura de sua tradição.

– Uma reflexão. Em 2010, Peter Siemsen recebeu como “herança” um clube que não pagava seus impostos, uma estrutura na divisão de base sucateada, apelidada pelos próprios atletas de Carandiru e um Fluminense praticamente ingovernável com receitas penhoradas. Faço parte da gestão desde o início e conheço bem o que estou falando. Peter Siemsen, com apoio da Flusócio desde os primeiros dias da campanha, construiu um Novo Fluminense que qualquer candidato deveria se orgulhar de receber. É um clube organizado financeiramente, com uma divisão de base estruturada, filosofia pedagógica, projeto internacional e um excelente trabalho comandado por Marcelo Teixeira. Isso sem citar o possivelmente melhor Centro de Treinamento do Brasil e a abertura política que foi implementada. Ficará faltando só o estádio, que é uma questão fundamental e uma das missões do novo presidente.

– Amanhã tem jogo importantíssimo. Vamos lotar mais uma vez o Giulite Coutinho, nossa nova casa, e empurrar o Time de Guerreiros para mais uma vitória.”