O grupo político “Esperança Tricolor” fez um post em seu blog nesta quinta-feira comentando a saída de Fred para o Atlético-MG. O texto faz críticas contundentes ao presidente do Fluminense, Peter Siemsen. O grupo lembra que muitos personagens importantes da história recente do clube saíram com alguma rusga com o atual mandatário. Veja a postagem na íntegra: “Esperançosos Tricolores, E mais um ídolo nos deixa, desta vez o jogador mais emblemático do Fluminense no século e certamente consolidado como um dos maiores expoentes da nossa história, sendo o principal para grande parte dos nossos torcedores que ainda não chegaram aos 30 anos de idade. Inacreditavelmente, Fred ruma para o nosso maior rival recente fora do estado do Rio de Janeiro. Prestes a completar seu sétimo jogo, o centroavante é agora jogador do Atlético-MG, exato, aquele clube que nos acusou de comprar o Brasileiro de 2012, cujo protagonista maior foi exatamente o seu mais novo atleta. São muitos rumores sobre os motivos dessa saída, guindados principalmente pelo sabido atrito que Fred teve com o treinador Levir Culpi há cerca de dois meses. O que é fato é que mais uma vez a gestão atual abre mão de um atleta catalisador de torcedores, sempre com a evocação do viés financeiro, agora prismado na construção do Centro de Treinamentos, que diga-se de passagem terá a integralização do seu pagamento sob responsabilidade do próximo presidente, seja ele quem for. Outros diversos jogadores também foram negociados sob o pretexto da construção do CT (algo fundamental, evidente), ainda que não existam elementos muito claros de tais contrapartidas. Se considerarmos Conca negociado duas vezes, Wellington Nem, Wagner, Digão, Kenedy, Gérson e outros menos votados, possivelmente Peter Siemsen esteja apenas esperando o final das Olimpíadas para anunciar que o Parque Olímpico e talvez mais alguma instalação recém-construída sejam de propriedade do Fluminense Futebol Clube. A impressão é que caso não houvesse um Pedro Antônio, não haveria sequer esboço de tal obra, ainda que o referido VP não esteja fazendo nada sem um retorno dos valores gastos, de modo atualizado. Voltando ao Fred, o clube perde uma grande referência não apenas técnica, mas emocional e já histórica, exatamente no início de um campeonato absolutamente traiçoeiro e cujo nível baixo coloca vários times em patamares muito próximos. Não obstante, cabe lembrar que o Fluminense venceu dois jogos em seis contra adversários que hoje habitam a zona de descenso, justamente por 1×0 e com ambos os gols marcados por Frederico. A total imperícia de Peter Siemsen e seus apoiadores em resolver conflitos é impressionante. É raro um atleta, treinador ou mesmo dirigente sair “em paz” com seu antigo chefe. Como alertamos diversas vezes neste espaço, tudo que ocorre na gestão carece de transparência, sempre um amontoado de rumores e informações que não batem, algo ainda mais exponenciado pela atuação de correligionários da situação em redes sociais, onde invariavelmente sempre o culpado é quem saiu, seja quem for. Agora choverão números, do tipo que “Fred custaria 456 milhões até 2018”, “Fred ganha o equivalente a 626 mil toneladas de cimento”, “Fred pediu milhares de vouchers de táxi para parentes da esposa”, enfim, sempre uma ladainha sem muita base matemática, mas que serve para validar todo e qualquer ato de gestão, cujos valores intangíveis jamais são corretamente precificados. E por fim, o discurso bonito de que “jogador nenhum é maior que o clube”. Isto é bastante evidente, mas jogadores desse calibre tornam o clube maior e isso é fundamental para a perenidade de qualquer instituição. Falando em perenidade, cabe lembrar que o reserva que pode assumir a vaga é um atleta de quarenta anos de idade, que já irritava grande parte da torcida aos vinte e três. É torcer muito para dar certo. Saudações Tricolores, sempre. A Gestão Siemsen tem data para acabar, prova de que o tempo pode realmente curar qualquer ferida. Esperança Tricolor”