Duílio diz ter sido contra pedido e lembra que time ganhou mesmo contra a vontade do presidente
Duílio diz ter sido contra pedido e lembra que time ganhou mesmo contra a vontade do presidente

Campeão brasileiro pelo Fluminense em 1984, Duílio já viveu situação em sua carreira em que poderia entregar um jogo. No fim de sua carreira como zagueiro, ele defendeu o Portimonense e ouviu do presidente de seu clube o pedido para facilitar a vida de um adversário.

A diferença daquela ocasião para a do Fluminense de hoje em dia é que a possível derrota da equipe de Duílio serviria para evitar o rebaixamento do rival e adversário na partida em questão.

 
 
 

– Foi uma situação que nunca tínhamos passado. Uma amizade entre dois presidentes e o nosso presidente pediu 20 minutos antes do jogo para que nós não ganhássemos para facilitar o adversário. Criou-se um constrangimento. Ninguém esperava por isso. Quando ele repetiu o pedido, tínhamos quatro jogadores só de atadura e sunga. Eu era um deles. Não acreditávamos que ele estava falando isso. Falamos que ralamos até aqui, tínhamos conquistado o título, mas não poderíamos entregar o jogo. Ele (presidente) parou, pensou, pediu desculpas e nos disse para fazermos o que fosse melhor. No final da história, entramos em campo e vencemos por 6 a 0 – conta.

Duílio lembra também que o grupo não digeriu bem tal pedido vindo do presidente.

– Eu fui porta-voz assim como o nosso capitão e o Edin Curic, que jogava na seleção da Iugoslávia e também atuou no Estrela Vermelha. O presidente viu que foi um pedido sem pé nem cabeça. Foi um pedido sem nexo porque jogador nenhum entra em campo para entregar jogo, fazer corpo mole por quem for ou para quem for – afirmou.


Sem comentários