Em duas passagens, Rafael Moura fez 85 partidas e 28 gols pelo Fluminense (Foto: Photocamera)

Herói com o gol do título brasileiro em 2010 e “dispensado com desonra” em 2011. Assim foi a história de Emerson Sheik no Fluminense. Em entrevista ao Charla Podcast, o também ex-atacante tricolor Rafael Moura recordou bastidores da polêmica que levou o clube a negociar o então valorizado jogador com o Corinthians.

No papo, o He-Man confessou até ter tido uma pequena parcela de responsabilidade. Afinal de contas, a história da música do Bonde do Mengão sem freio tocou num aparelho dele com um medley de músicas relacionadas aos times do Rio de Janeiro. Rafael Moura, porém, assegura que a saída de Emerson não foi unicamente por isso e sim por um acúmulo de situações problemáticas.

 
 
 

— Sheik era um cara 10. Louco, louco mesmo. Chegava atrasado e não tava nem aí. Eu sinto uma dor grande porque o iPad que ele estava escutando era meu. Existia um medley. Tava na moda os quatro. O bonde dos sem freio, Trem Bala da Colina… Fluminense era um negócio de lancha, porque a gente foi fazer os arraiais. Era uma música só. E o Sheik cantando e louco do jeito que é não estava nem aí. E o negócio ganhou grandes proporções. E ele assumiu mesmo. Acho que estava com vontade de sair porque estava com uma proposta melhor. Não necessariamente fez e cantou como uma afronta, não foi. Mas ele sabendo, poderia não falar. Teve outros episódios. Fomos jogar contra o Argentinos Juniors (ARG) e embaixo do hotel tem um shopping. A galera compra aquelas armas que hoje é airsoft. Aí eles quebram o quarto inteiro, atiram na porta, fazem uma loucura. A sucessão dessas merdas do Sheik… E ele bandidão, macaco velho, assume tudo. Tinham mais de 10 dando tiro. Tem que pagar, eu pago. Quem fez isso na porta? Eu! E ele não estava rendendo essa época por questões pessoais, chegando atrasado. E a sucessão disso fez com que fosse dispensado – falou.

Hoje aposentado dos campos, Rafael Moura teve duas passagens pelo Fluminense. A primeira em 2007 e a segunda entre 2011 e 2012. No total, disputou 85 jogos, fez 28 gols e deu oito assistências com a camisa tricolor. Pelo clube, foi campeão da Copa do Brasil em 2007, carioca em 2012 e participou do início da campanha do título brasileiro também em 2012, sendo negociado com o Internacional no decorrer da competição.