O técnico Levir Culpi não quis atender a imprensa após sua demissão. Preferiu divulgar uma nota oficial em seu site, no qual expressa a chateação por sua saída do Fluminense. Ele agradeceu a oportunidade, mas disse que o clube é um dos mais difíceis que trabalhou pela dificuldade na assimilação entre vitória e derrota. Veja a nota na íntegra:
Estou “puto da cara”, mas preciso dizer algumas palavras.
Quero agradecer a oportunidade de fazer parte da história do Fluminense. Trabalhar nove meses em um clube famoso por ser o que mais demite técnicos no mundo tem também seu mérito. Dos times que trabalhei, o Flu é um dos mais oscilantes no convívio entre vitória e derrota.
Conquistamos a Primeira Liga no ano mais difícil da história do Flu. Devido à Olimpíada, nunca jogamos em casa. Só no dia 28 de outubro é que fizemos o primeiro jogo no Maracanã.
Formamos um ambiente bom de trabalho, coisa também muito difícil de conseguir porque o Flu estava dividido entre Laranjeiras e CT da Barra. E o pior, terá eleições nesse mês. Sabe o que acontece num clube quando quatro candidatos disputam a presidência?
Depois de tantos meses, ainda não sei o nome de todos os funcionários e companheiros de trabalho, mas agradeço a torcida do Flu e todos àqueles que torceram por nós.
Não me arrependo de nada. Fui demitido pelos erros que cometi e não por influência de outros.
Esses meses entre “céu” e “inferno” estarão inclusos no livro “De volta ao inferno”, quando falarei sobre o retorno ao futebol brasileiro depois de sete anos no Japão, com as passagens pelo Galo mineiro e agora o Flu. Assim como o livro anterior, “Um burro com sorte”, esse livro terá toda a arrecadação revertida para o hospital Pequeno Príncipe, especializado em atendimento de crianças e que merece o apoio de todos, mesmo dos que não gostam de mim. Valeu!