A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passará, a partir da próxima segunda-feira, a registrar os contratos de trabalho dos treinadores dos clubes das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro. A partir de então, os técnicos terão mais benefícios, como previdência e seguro de vida, assegurados pelo órgão máximo do futebol nacional.
Em nota divulgada na última sexta-feira, a CBF diz que já analisava a ideia desde o ano passado, mas que ela só foi aprovada em fevereiro de 2017 e entrará em vigor nesta segunda. O registro para treinadores, inclusive, é um dos pedidos da Lei Caio Júnior, que ainda corre em Brasília para ser aprovada – a emenda é de autoria do deputado José Rocha (PR/BA).
– O registro para os treinadores é um passaporte esportivo para esse profissional, que terá todo o seu histórico de trabalho preservado. É uma certeza de que no futuro direitos básicos, como a previdência, seja comprovado. O treinador também terá o benefício do seguro de vida e de acidentes pessoais da CBF, nos mesmos moldes do oferecido aos jogadores – explica Reynaldo Buzzoni, diretor de registro, transferência e licenciamento de clubes da CBF.
A Lei Caio Júnior solicita que os contratos dos treinadores, auxiliares e preparador de goleiros sejam registrados na CBF e federações estaduais – o que permitiria que Caio Júnior, vítima da tragédia com o avião da Chapecoense em novembro do ano passado, tivesse direito ao seguro de vida -, cursos de qualificação tenham a anuência da entidade e que os responsáveis por quebras de vínculo arquem com os custos da rescisão, seja clube ou profissional, entre outras. O projeto já tem a aprovação das comissões de esportes e do trabalho, sendo encaminhado para de constituição de Justiça, na capital federal, último passo antes de ser votado na Câmara.