Dourado destaca detalhes como determinantes nos jogos de mata-mata (Foto: Nelson Perez/FFC)

Na pior partida do Fluminense no ano, a equipe não passou de um empate em 0 a 0 com o Madureira, neste sábado, em Los Larios, pelas semifinais da Taça Guanabara. O resultado classificou o Tricolor para a final, mas a equipe de Abel Braga esteve irreconhecível. Os principais jogadores não renderam o esperado e o adversário desperdiçou, pelo menos, quatro chances claras de gol. Douglas ainda foi expulso para aumentar o drama que durou até o minuto final.

Faltou inspiração ao Tricolor. Errou passes que não está habituado e na defesa deixou espaços generosos para o adversário. Renato Chaves e Henrique chegaram a ficar no mano a mano algumas vezes.

 
 
 

Bem marcado, Sornoza só apareceu tocando para os lados. Scarpa ainda buscava o jogo, mas não dava prosseguimento. A dobradinha Lucas/Wellington pelo lado direito não funcionou e o Madureira sentiu que aquele Fluminense avassalador, pelo menos nos 45 minutos inicias, não deu as caras.

Não seria exagero dizer que o time suburbano foi ligeiramente superior na etapa inicial. Teve ainda a única chance clara do tempo, com Souza, o Caveirão, dentro da pequena área. O centroavante, sem marcação, cabeceou para fora.

Nos minutos finais, o confronto ficou tenso, com uma entrada dura de Douglas Lima em Scarpa. O meia se contorceu em dores, mas voltou para o jogo. Em seguida, foi a vez de Henrique Dourado elevar o pé na altura do peito de um atleta do Madureira.

Os jogadores tricolores deixaram o gramado reclamando da arbitragem, pela não expulsão de Douglas e, talvez de forma inconsciente, por não terem conseguido desenvolver o bom futebol que sabem.

Abel Braga não gostou nada do que viu e fez duas alterações. Uma de ordem clínica. Gustavo Scarpa não conseguiu voltar após a entrada forte do jogador do Madureira, e foi substituído por Marquinho. Além disso, Richarlison entrou na vaga de Wellington Silva, esta por opção técnica.

O jogo melhorou muito, mas quem apareceu novamente foi o Madureira. Zaga exposta, Henrique escorregou e Júlio César, aquele carequinha, revelado em Xerém, perdeu cara a cara com o xará. O goleiro tricolor pegou à queima roupa praticamente.

O Flu deu a resposta com Richarlison, em ótima jogada, que concluiu numa finalização cruzada. Mas o Madureira teve outra grande oportunidade, de cabeça, levando Souza à loucura pela chance desperdiçada.

E não parou por aí. Jorge Fellipe cabeceou e Resende, com o pé esquerdo, tocou na trave. O Fluminense passava um sufoco danado.

O drama aumentou. Douglas fez falta para interromper um contra-ataque. Já tinha o cartão amarelo, recebeu o segundo e foi expulso. Preocupado, Abelão tirou Henrique Dourado e colocou Pierre. Virou ataque contra defesa. Mas o Fluminense suportou a pressão.

O tricolor que foi aos Los Larios “fez um quilo certinho” como se diz popularmente, mas saiu com o objetivo: a classificação. A esperança é que o bom futebol da fase de grupos da Taça Guanabara reapareça na decisão.