Júlio Gomes, colunista do portal Uol, fez uma defesa ao trabalho do técnico do Fluminense. O jornalista, inclusive, insinuou no texto um componente racial em relação a Roger Machado. Na opinião dele, os jogadores erraram mais do que o comandante tricolor no empate com o Barcelona por 2 a 2 e faz uma avaliação do período dele no clube. Confira na íntegra:
“Roger virou aquele treinador fácil de ser malhado. Não quero colocar o componente “racismo” como preponderante, porque seria leviano da minha parte e seria uma generalização brutal. Mas é incrivelmente fácil criticar Roger. Algo tem.
Ele erra? Erra. Mais ou menos do que outros treinadores brasileiros? Possivelmente, na média. Talvez incomode pela maneira contundente como fala e pelas causas que defende. Não sei exatamente o que querem do Fluminense, com o elenco que tem. Me parece que o clube está fazendo uma Libertadores muito acima das expectativas que gerava.
O empate do Fluminense contra o Barcelona, no Maracanã, não se deve a qualquer eventual erro de Roger na escalação ou nas substituições. As falhas individuais foram gravíssimas nos dois gols do Barcelona, o segundo quando o Fluminense tinha um homem a mais em campo.
Marcos Felipe toma um frango no primeiro gol. Sim, houve uma cadeia de falhas antes, mas nenhuma tão grotesca quanto a do goleiro – que, aliás, falha também no pênalti. Afinal, todos sabemos que os cobradores levam ampla vantagem contra os goleiros em um pênalti. Mas, se o goleiro escolhe bem o canto, chega na bola e a cobrança é fraca, como foi, tem que defender! Não pode ir com a mão mole e levar o gol.
O pênalti, que decretou a virada momentânea do time de Guayaquil, foi cometido por Nino – medalhista de ouro na Olimpíada. Ele cometeu uma falta infantil dentro da área, outra falha individual.
O Fluminense ainda deu sorte de ter conseguido o pênalti nos acréscimos, convertido por Fred – que não jogou nada.
Técnicos determinam o andamento de um jogo de futebol, são importantíssimos. Mas, no fim, os jogadores é que precisam resolver. Positiva ou negativamente. Hoje (quinta-feira), falhas individuais foram muito mais decisivas do que o trabalho de Roger”.
