Apesar da parceria ter sido finalizada há quatro anos, depois do rompimento do Fluminense devido a uma dívida de R$ 12 milhões, além da distribuição deficitária dos uniformes, a Dryworld segue brigando nos tribunais com o clube. A situação é tratada em sigilo, mas os caminhos podem mudar.
O NETFLU apurou que a expectativa do Fluminense é de vitória, mas sem receber, por ora, o valor. Representantes da empresa podem ser processados também para que depositem, ao menos, parte do que o Tricolor pede. A fornecedora, por sua parte, pode oferecer cerca de R$5,37 milhões de reais (1 milhão de dólares), repetindo proposta do passado, recusada na gestão Abad, para encerrar o processo.
A ação ocorre diretamente no Canadá, país sede da Dryworld, já que o departamento jurídico do Fluminense temia que a mesma declarasse falência no Brasil. O Tricolor pede mais de R$ 50 milhões em indenização.
Pelo acordo de cinco anos com o Fluminense, a Dryworld pagaria US$ 3,5 milhões fixos por ano, equivalentes a R$ 13,5 milhões no câmbio da época. Com as premiações e materiais, esse montante poderia chegar aos R$ 20 milhões. A maioria dos pagamentos, até a saída da fornecedora esportiva, não fora efetuado. A cúpula tricolor detém a contratação de um escritório canadense renomado.
Com créditos a receber, o acompanhamento vem sendo feito por advogados clube. O Fluminense também conta com apoio jurídico de agentes externos para tentar definir a questão. Caso a empresa decrete falência, os sócios da canadense terão de tirar o dinheiro do próprio bolso para indenizar a instituição verde, branca e grená.
Além da ausência de pagamento, o Fluminense sofreu com a falta de fornecimento do material esportivo, como uniforme de jogo para as categorias de base. Assim, os times de Xerém e os esportes olímpicos usaram em 2016 as camisas, calções e meiões da antiga empresa fornecedora, a Adidas. Na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2017 a situação foi a mesma, restabelecida mais de seis meses depois do anúncio da Under Armour, sucessora da Dryworld.