O sonho está perto do fim. Depois da promessa de investimentos de milhões de dólares no marcado brasileiro, sobretudo no Fluminense e Atlético-MG, clubes onde mais que dobrou o ofertado pelas antigas fornecedoras, a Dryworld está a um passo do caos. Fortíssima no Canadá, além de boa entrada nos Estados Unidos, a cúpula da empresa viu no Brasil a chance de penetrar no mercado latino-americano, através do futebol. Os planos, porém, desceram pelo ralo.

O portal NETFLU apurou que, recentemente, a empresa de materiais esportivos se desfez da sociedade com a fábrica Rocamp, no Paraná, onde eram desenvolvidos os uniformes dos clubes brasileiros, incluindo o do Tricolor das Laranjeiras. O espaço continuará existindo, mas sem a assinatura da DW a partir de agora. Além disso, no mês passado, o portal número 1 da torcida havia antecipado o desligamento de funcionários da assessoria no país, o que dificulta ainda mais na busca por um posicionamento oficial da empresa. A empresa foi acionada diretamente no Canadá pelo Flu, que espera receber todos os débitos (mais de R$11 milhões atrasados), assim como uma compensação financeira pelo desgaste e problemas de distribuição, salientando que o contrato tinha duração até 2020.

 
 
 

– O que esta acontecendo é uma divisão da sociedade, a fábrica vai ficar com a família (Campagnolo) que a administrou por mais de 27 anos. Sobre a Dryworld, não posso comentar pois não os represento. Foi um acordo na época, a DW ficaria sócia da fabrica e traria consigo a marca e capital – explicou o sócio-administrador da fábrica no Paraná, Matheus Campagnolo, com exclusividade.

Nesta semana, houve mais uma amostra do declínio da Dryworld no futebol. Sofrendo com problemas similares aos de clubes brasileiros que têm a canadense como fornecedora, o Watford, da primeira divisão inglesa, rompeu com a empresa e assinou um acordo de três temporadas com a Adidas, ex-parceira esportiva do Fluminense.