A alegria de alguns torcedores do Fluminense pela saída de Cristóvão Borges do comando técnico contrastou com a ira com a chegada de Ricardo Drubscky. Muitos não concordaram com a contratação, o que, na visão do novo treinador, é fruto de preconceito.
– Um pouco. Mas nós estamos há muito tempo nisso. Reivindicamos muito mudanças, mas quando alguém tenta mudar, há contestação. No futebol brasileiro, precisamos repensar melhor o nosso universo. Precisamos quebrar paradigmas e pensamentos retrógrados. Não serei eu treinador ou apenas a classe, apenas a mídia… É preciso de uma união de forças. Um foro de debate permanente, com vários setores debatendo. Precisamos de determinações legais para regulamentar, por exemplo, a profissão de treinador. Senão, vamos ser tratados de uma maneira vulgar. Condeno a mudança de treinador também. Mas também não acho certo o técnico só poder ser demitido. Saí do Vitória, por que não posso ser admitido também? Nós temos cursos. Sou um dos professores na CBF. Formamos profissionais. Agora, isso não se regulamenta. Precisamos de força política superior para regulamentar isso – sugere Drubscky.