Promessa de craque do Fluminense nos anos 1990, Luiz Henrique abandonou a carreira devido a seguidas lesões. Mais de duas décadas depois, o clube ainda deve um credor por causa da compra do jogador ao Mônaco (FRA), em 1993. E isto está tendo impacto direto nas receitas atuais como as dos patrocinadores Matte Viton, Frescatto e Adidas e até mesmo do Sócio Futebol.
Na última sexta, o Tricolor teve que aplicar R$ 3 milhões na conta do empresário Luiz Antônio Nabuco de Almeida Braga, ex-presidente da Icatu, por causa de um empréstimo feito pelo mesmo no fim de década de 1990. O valor refere-se ao acordo entre as partes para arcar com o empréstimo de R$ 1,3 milhão, feito em 1999 por Nabuco, que serviu para pagar uma dívida do Flu ao Mônaco, pela negociação do meia Luiz Henrique.
O valor emprestado em 1999 foi ignorado pelas administrações anteriores. O empresário perdeu a paciência e acionou a Justiça. Nove anos depois, a pendência corrigida totalizou R$ 16.058.789,82 milhões.
Em 9 de fevereiro, uma decisão judicial iniciou as penhoras mensais de 10% das receitas oriundas do sócio-futebol, da Adidas e da renda de jogos. Quatro meses depois (9 de junho), uma nova decisão acrescentou ainda a mesma porcentagem sobre os contratos com a Frescatto e Viton 44.
Atolados com as penhoras, o Tricolor buscou um acordo e pagará a Luiz Antônio e a Siqueira Castro Associados, pelos custos do processo, os valores de R$ 5.232.000,00 milhões. No acordo, ocorrido no dia 16 de julho, o Fluminense já pagou, à vista, R$ 3 milhões, e tem 17 meses para quitar o restante. Caso atrase alguma parcela, os credores podem recorrer à Justiça novamente e cobrar o valor integralmente, com juros e correções. Por meio da assessoria de imprensa, o Fluminense confirmou que o acordo foi feito e que a dívida será paga normalmente.