O Fluminense fez um acordo com Marcelo Oliveira, não pagou e o técnico processou o clube. Ele cobra R$ 1,1 milhão na justiça. Um cenário corriqueiro e que, mais uma vez, atrapalha o planejamento. O site Globo Esporte destrinchou todo o imbróglio. Veja abaixo:
Marcelo Oliveira firmou dois contratos: um trabalhista, outro de imagem. No primeiro, tinha remuneração de R$ 140 mil. No segundo, de R$ 80 mil. Ambos terminariam em 31 de dezembro de 2018 e tinham previsão de premiação por desempenho e multa em caso de rompimento antes do prazo.
No contrato CLT, a bonificação estava assim prevista (nenhuma meta foi atingida):
No contrato de imagem, a bonificação estava assim prevista (nenhuma meta foi atingida):
Caso fosse demitido antes do término do contrato, o treinador tinha direito a receber duas multas: R$ 140 mil no contrato CLT e R$ 80 mil no de imagem.
A eliminação na semifinal da Sul-Americana, a má campanha no Brasileirão (oito jogos sem vitória e sem marcar gol) e o risco de rebaixamento fizeram o Fluminense demitir o treinador. Então, dois acordos foram feitos:
No processo, Marcelo Oliveira alega ter recebido apenas R$ 70 mil no acordo de rescisão CLT. Afirma que o Fluminense sequer abriu conta para pagamento do FGTS. E garante que o clube não deu baixa na carteira de trabalho. O ex-treinador tricolor alega ter recebido as quatro primeiras parcelas do distrato do contrato de imagem. Estando três em atraso.
Os dois acordos de rescisão previam multa de 5%, juros de 1% e atualização pelo IPCA. Desta forma, o técnico decidiu cobrar o seguinte na Justiça:
O GloboEsporte.com tentou sem sucesso conversar com o advogado Fabio Eustáquio Cruz, que representa o treinador.
O Fluminense preferiu não se manifestar.
Recentemente, em entrevista publicada pelo GloboEsporte.com em 29 de novembro, Marcelo Oliveira comentou o caso:
– Normalmente, os clubes fazem um acordo quando sai, o que é necessário para não pagar multa. Eu fiz de oito meses, mas pagaram só os primeiros meses e depois pararam. Agora, eu tentei, tentei, mas não teve jeito, então vou ter que entrar com ação. Os clubes vão se endividando, são empresas sem dono, aí acaba passando para outros devedores e ficam com dificuldades.