(Foto: Mailson Santana - FFC)

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, publicará nos próximos dias o edital de chamamento público para a licitação onerosa do Complexo do Maracanã – tecnicamente chamado de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Os estudos foram concluídos pelos seis técnicos nomeados por decreto publicado no dia 9 de março e agora resta a publicação das normas e condições para os interessados na exploração do estádio. Informa o jornalista Gilmar Ferreira, em sua coluna no Extra, que a diretoria do Flamengo, veladamente, alimenta a possibilidade de não ter mais o Fluminense como parceiro na gestão do estádio. Não é algo consumado ainda, mas uma possibilidade real, segundo o colunista.

Existe um desgaste na relação dos atuais dirigentes de ambos os clubes e tudo dependerá das exigências do edital e do estudo que será feito por uma comissão interna criada na Gávea para trabalhar na viabilização da proposta.

 
 
 

Quando houve processo de abertura para o Termo de Permissão de Uso (TPU), em 2019, após o rompimento com a Odebrecht, o então presidente do Vasco, Alexandre Campello, mostrou-se incomodado que os dirigentes do Flamengo, por uma relação próxima com o então governador Wilson Witzel (que sofreu impeachment recentemente), já sabiam as regras previamente.

A proposta encaminhada pela parceria da dupla Fla-Flu, num modelo de Sociedade de Propósito Específico (SPE), bateu as propostas de outras duas empresas interessadas na gestão do complexo por ter sido a única a atender as condições previstas no edital.

O “Consórcio Maracanã” representa o interesse dos dois clubes, mas o TPU de seis meses (já renovado por três vezes) foi assinado pelo Fla, com o Flu de interveniente, pelo fato de o clube das Laranjeiras à época não ter as certidões negativas de débito. Um acordo particular entre ambos estabelece igualdade de direitos e deveres.

Novamente, o Vasco surge como candidato à disputa. O atual presidente Jorge Salgado já sinalizou a intenção a Cláudio Castro.