Os números de visualizações e novos inscritos no canal do Youtube, além do retorno financeiro obtido pelo clube, mostram que a experiência da FlaTV, ao transmitir a vitória do Flamengo sobre o Boavista, na última quarta, foi um sucesso. Ao portal Lancenet, José Colagrossi ressaltou o trabalho desenvolvido pelo time da Gávea, mas o modelo rubro-negro negócio adotado pela direção da Gávea não é um modelo único, explica o diretor-executivo do IBOPE. O tamanho da torcida, por exemplo, é fator fundamental a ser levado em consideração pelas partes.

– O tamanho da torcida tem um impacto gigantesco. óbvio. O patrocinador quer impactar a maior quantidade possível. Vamos colocar que o modelo do Flamengo é o A, que é um modelo de se organizar, produzir, comercializar e transmitir. Foi como o Flamengo fez. O modelo B é o de fazer um parceria com uma empresa especializada nisso – uma Amazon, Facebook, MiyCujoo. É um modelo no qual você ganhará um pouco menos, mas terá menos custos. Corinthians, São Paulo têm torcida, massa suficiente para implementar esse modelo (similar ao do Flamengo). Um segundo nível de clube, em relação ao tamanho da torcida, não faz sentido esse modelo. Mas há a parceria e a empresa que assume o trabalho e você ganha o percentual. É um modelo que faz sentido – explicou.

 
 
 

A transmissão da FlaTV – a qual o departamento jurídico do clube respaldou-se na Medida Provisória 984, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 18 – resultou em uma série de desdobramentos. Entre elas, a decisão da TV Globo em rescindir o contrato e não transmitir mais o Campeonato Carioca de 2020. Assim, outros clubes, como Vasco e Volta Redonda, também transmitiram seus jogos com imagens, no Youtube, na quinta rodada da Taça Rio, na quinta.