Por muito tempo, Jorge Macedo comandou o futebol do Internacional e trabalhou ainda em outros departamentos. Teve Fernando Carvalho como presidente, considerado um dos melhores da história colorada. O diretor-executivo do Fluminense endossou o coro.
– É uma pessoa que modificou o Internacional. A gente fala que tem o Inter antes e depois dele. Tenho contato até hoje. É uma pessoa que adora futebol, assiste futebol. Tem ideias claras. Gosto de conversar, ele enxerga bem o jogo, conhece tudo que é jogador. Tenho relação boa, assim como outros dirigentes. Peguei ele desde o começo, ele era diretor da base. O filho dele jogou comigo por 10 anos. Foi uma relação direta. Até quando se afastou um pouco do clube. “Doutor”. Isso até no trato pessoal. Tenho respeito e gratidão por ele. Sempre o chamei assim. E nunca perdi. Ele sabe deixar um ambiente muito favorável. Desde a base, tem muito diálogo. Com todos, funcionários e atletas. Para ele tomar uma decisão drástica, conversa com todo mundo. Isso aprendi com ele: saber ouvir as pessoas. Tem de refletir, tomar a decisão e ser firme. Ele sempre diz que nunca se pode tentar enrolar jogador de futebol. Tem de dizer e cumprir. Não pode ficar naquela “vamos ver”, “falamos depois”. Tem de resolver. Presenciei. É assim nas horas boas e ruins. Outra coisa que ele me estimulou foi ver tudo o que é jogo. Saber quem é quem. Passei a fazer isso na base. Ele me estimulou, assim passamos a ter boa relação. Foi assim que trouxemos Walter, Leandro Damião, Sidnei, Cleiton Xavier, Fred. O caso do Walter foi emblemático. Não tinha biotipo. Tínhamos de pagar por empréstimo. Algo incomum na base. Ele bancou, ele acredita em quem trabalha com ele. O funcionário pode até errar. Depois ele cobra. Mas é competitivo – declarou.