(Foto: Mailson Santana/FFC)

Questionado após o empate do Fluminense por 0 a 0 com o Flamengo, no último domingo, no Maracanã, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, sobre o aproveitamento da base, Fernando Diniz voltou a explicar seus preceitos para lançar jogadores. O técnico reafirmou a preocupação com o lado humano dos atletas.

– Eu acho que o futebol de base do Brasil, as questões que tem que ser atacadas não são, que é a formação do ser humano antes do jogador. Usar o futebol para melhorar a vida dos garotos que chegam nos clubes. Quando a gente faz assim, tem um olhar diferente. Ele está lá para melhorar como pessoa, desenvolver a capacidade de tomada de decisão, de ética, de solidariedade e usar as outras ferramentas para desenvolver isso. É isso que eu faço no profissional, olhar para o cara se sentir bem por estar ali enquanto pessoa, não só como jogador – disse, complementando:

 
 
 

– A base sofre o mesmo processo que o profissional. A pessoa só é validada se jogar bem, se perde gol, erra o passe, não é ninguém. É um processo que começa muito cedo no Brasil. A mudança para mim começa muito mais pelo psicossocial do que pelo técnico e tático. Os jogadores são bons, por isso eles estão nos clubes. Não é assistencialismo. Você tem que cuidar mesmo. Viver é isso, a gente tem que usar o futebol para melhorar a vida das pessoas. A gente tem uma cópia do modelo europeu que eu acho que para a gente funciona pouco.