(Foto: Mailson Santana - FFC)

Durante entrevista coletiva após a vitória sobre o Red Bull Bragantino, Fernando Diniz respondeu sobre o aproveitamento da base. O repórter Victor Lessa, da Rádio Globo, perguntou os critérios da utilização de jovens como Arthur, Esquerdinha, Edinho e outros. O técnico do Fluminense ficou desconfortável com a pergunta e disse que é preciso “sentir” o melhor momento de lançá-los.

– Lançar jogador…quando se faz uma análise de fora, como você (Victor Lessa, repórter) está fazendo, parece que é uma coisa fácil e parece que eu fiz um movimento equivocado, colocando-os num momento difícil e agora, num jogo mais fácil, que não foi, aí se bota e o moleque não corresponde, empata, a torcida iria fazer aquele movimento que faz. Hoje era mais fácil do que contra o Corinthians? Temos que botar o jogador de acordo com que está acontecendo nos treinamentos. Se tem uma coisa que eu sei fazer bem é lançar garoto. Aqui no Fluminense, a gente tem que saber sentir. É fácil falar de fora, não tem varinha de condão. A gente faz uma análise superficial, aí fala uma coisa hoje, aí quando dá resultado fala outra. Sobre o Esquerdinha, você tem que sentir. Eu senti que era a hora de botar (contra o The Strongest) porque estou vendo os treinamentos. Senti como repercutiu e vou trabalhando sempre no foco para saber o melhor momento de botar. Quem está fora tem uma análise diferente de quem está dentro. Nunca é uma coisa fácil. Hoje, na minha opinião, não era momento para botar – declarou Diniz, que seguiu:

 
 
 

– Eu boto aqueles que eu acho que vai aproximar da vitória. E tem que ter moleque para lançar. Quando tem, vou dando estímulo e vou percebendo quando tenho que lançar ou não. Não é no jogo mais fácil ou difícil. Jogo fácil vai ser difícil encontrar no Brasileiro. Temos que ir preparando na medida que eu senti e aumentar a chance do Fluminense jogar. Eu não boto moleque quando o time tem mais chances de perder. Não existe isso. Quando eu boto os jogadores é porque estão merecendo. O critério para colocar é eu perceber que o Fluminense vai aumentar a chance de ganhar. E eu vou acertar e errar. Se eu não estou colocando é porque não é o momento de por. E eu vou acertar e errar – justificou Diniz.