John Kennedy saiu do banco de reservas e fez o segundo gol na vitória do Fluminense por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, quarta-feira, no Maracanã, que valeu ao time a classificação às oitavas de final da Copa Betano do Brasil (o Flu havia vencido a ida da terceira fase também por 2 a 0). Foi o seu primeiro desde a reintegração ao grupo (havia sido afastado por atos de indisciplina). Em entrevista coletiva após a partida, o presidente Mário Bittencourt e o técnico Fernando Diniz falaram sobre a sua nova oportunidade.
— Já é a segunda ou terceira vez em que a gente o abraça, e é muito importante que as pessoas entendam que esse abraço é após a repreensão que a gente deu. Creio que foi entendida, em grande parte, pelas pessoas. O Fluminense tem uma divisão de base muito qualificada. Há anos é um formador de pessoas, de jogadores e principalmente de pessoas. Quando a gente dá uma nova oportunidade a um jogador depois de uma indisciplina, a gente tá trabalhando muito mais para salvá-lo do que se preocupando especificamente com as questões da instituição. O Fluminense vai fazer outros John Kennedys ao longo da sua história, como já fez para trás, como fará pra frente. Como fez o Marcelo, outros tantos jogadores que jogam pelo futebol mundial – iniciou Mário.
— John Kennedy para mim é motivo de alegria. Atrás do John Kennedy tem uma história difícil e diferente. Vocês não têm acesso, porque para isso tem de conhecer o John Kennedy, conversar com ele. Já conversei com ele mais de 50 vezes. E queremos sempre ajudar. Têm muitas mãos ajudando. O trabalho central é pautado no humano. É uma pessoa que joga futebol, não uma máquina que joga futebol. Muitas vezes quando você vai conhecer o jogador, ele tem um vazio que precisa ser preenchido. Existem outros tantos John Kennedys por aí que vão se perdendo. Aqui no Fluminense já teve. Meu interesse maior é que ele performe agora, mas depois dos 35 o que vai ser? Isso é uma preocupação que eu tenho grande dentro de mim, uma coisa maior. Temos de procurar as pessoas cada vez mais a viver melhor. É difícil, mas o que me dá mais prazer. É ajudar o John Kennedy a ele ficar grande do tamanho que ele precisa para desenvolver o talento que ele tem. Ele tem isso que é da pessoa, isso não se compra. Ele tem uma empatia natural com o torcedor, com a criança. Ele fez, fez, fez, e hoje todo mundo gritava pedindo para ele entrar. Isso tudo está dentro do pacote John Kennedy e temos de tentar ajudá-lo – emendou Diniz.