Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, véspera da grande final do Mundial de Clubes da Fifa, o técnico Fernando Diniz falou sobre muito mais assuntos do que apenas futebol. O treinador tricolor destacou a desigualdade social no Brasil e comentou sobre o futebol como ferramenta de educação no país.
– Sou um brasileiro típico, tenho sangue miscigenado de europeu, indígena e negro. Tenho orgulho de pertencer a um país. Tem muita coisa boa, mas é injusto socialmente. O pobre sofre mais. A maioria dos jogadores são pobres. Muitos têm sangue africano correndo nas veias, muitos sofreram racismo e vieram da favela. Isso veio na minha fala espontânea – disse ele, acrescentando:
– Futebol pode ser uma alavanca de ascensão social. É para poucos, mas pode ser para muitos. O futebol pode ser uma ferramenta de educação. Eu tento fazer isso como treinador. O resultado não vai definir quem é o Fluminense. Isso nunca definiu quem eu estou treinando. Para mim são sempre grandes – concluiu o comandante tricolor.