Diniz avaliou caso de quando dividiu trabalhos na Seleção e no Flu
Lucas Paquetá foi cortado de uma convocação de Fernando Diniz em agosto de 2023 por conta de uma suposta participação em um esquema de violações de apostas observada pela Federação Inglesa (FA) na época. Durante o mesmo período, no Brasil, estava em curso a ‘Operação Penalidade Máxima’ para investigar casos de manipulações de resultados no esporte.
O zagueiro Vitor Mendes, que defendia o Fluminense naquele momento, foi afastado em maio de 2023 e, no mês seguinte, confessou ter participado do esquema sendo banido por 720 dias do futebol. Em entrevista para o site Globo Esporte, Diniz comenta que usou o caso de Paquetá para ter o mesmo critério do que já estava acontecendo no Brasil.
– Tinha o estafe, o pessoal que trabalhava direto para a Seleção, como o Guilherme fisiologista, o pessoal da análise de desempenho, a Cláudia (gerente administrativa), o Hamilton (Correia, responsável pela logística), era uma coisa muito enxuta, não era o ideal. E a gente conseguiu resolver bem essas questões, como o corte do Paquetá, que a gente ficou sabendo, sei lá, 15 minutos antes da minha primeira convocação. Foi uma decisão que a gente compartilhou, mas eu que iria anunciar a convocação e falei absolutamente a verdade. Foi uma decisão minha quando estourou a investigação, porque a gente estava tendo esse tipo de procedimento aqui no Brasil, não podia mudar porque era a Seleção, né? Na minha cabeça não fazia sentido.
– A gente teve um caso no Fluminense de um jogador envolvido com aposta (Vitor Mendes) e também outros (no Brasil). Tinha que usar (o mesmo critério) para ser uma coisa ética e para ter tempo até para o Paquetá conseguir ficar bem e esclarecer. E é uma coisa que até hoje não esclareceu, né? Mas eu preferi privar a Seleção tecnicamente naquele momento pensando numa coisa maior, numa coisa ética, numa coisa moral de fazer a coisa certa. Foi uma decisão que não me arrependo.