O Fluminense fez duas partidas distintas contra o Volta Redonda pelas semifinais do Campeonato Carioca. Na primeira, no Raulino de Oliveira, vinha jogando bem até que sofreu um gol e toda a estratégia se desmontou. Na segunda partida, o inverso aconteceu. O Tricolor abriu o placar logo aos três minutos do primeiro tempo e construiu uma goleada para se classificar.
Fernando Diniz fez uma análise dos dois jogos e afirmou que o jogo de ida não foi tão ruim como a imprensa analisou. Ele ainda destacou que o adversário deu trabalho para todos os grandes na competição.
– Para vocês, o jogo de Volta Redonda pode ter sido muito ruim. Mas para mim não foi. O jogo de hoje foi muito bom por eu achar que o jogo em Volta Redonda não foi muito ruim. O primeiro jogo contra o Volta Redonda, no turno, foi um bom primeiro tempo, mas no segundo tempo fomos muito mal. Esse time é um time que deu muito trabalho para o Flamengo, é um time que ganhou do Vasco. Deu trabalho para o Botafogo. Era o time com o melhor ataque do campeonato, que faz muitas transições. Estávamos jogando com uma equipe estruturada – disse Diniz, para complementar:
– No primeiro jogo, eles fizeram o primeiro gol com um chute. O primeiro chute que deram a bola entrou. Depois fizeram um gol em um escanteio nosso, em um contra-ataque muito mapeado por nós. Depois fizeram um chute que o zagueiro fez uma condução rápida. Foi o que o Volta Redonda fez no jogo. Se tivéssemos virado para 3 a 2, que podia ter acontecido, o Marrony perdeu gol, o Samuel perdeu gol, o Cano perdeu gol… A gente fica muito preso na fala do resultado e pouco no que acontece no jogo. Tínhamos acabado de jogar com o Bangu, feito a melhor partida do ano, sem sombra de dúvidas, com pontas abertos. Aí o resultado não vem, as pessoas querem saber a solução – afirmou Diniz, revelando ainda que a equipe se sente melhor jogando no Maracanã:
– Quase sempre quando todo mundo está falando a mesma coisa, dá errado. Quando é uma coisa muito clara para todo mundo, só o treinador que não enxerga. E não é isso. Os pontas abertos, eu já tinha visto que no jogo do Volta Redonda fazia parte da solução. Os laterais hoje jogaram um pouquinho mais por dentro, colocamos mais jogadores nas linhas da frente, foram várias coisas que fizemos ajustes. Tive trocas mais rápidas, jogar no Maracanã é diferente também, o campo é melhor, as dimensões um pouco maiores. Uma série de coisas para construirmos o 7 a 0. Mas a diferença é que não achei que o primeiro jogo foi um desastre. Teve muita coisa que corrigimos – finalizou.