Negociado com o Al Hilal (ARA) em 2013, Digão virou ídolo na Arábia Saudita. O reconhecimento no Oriente Médio é tanto que chegou até a assustar o ex-zagueiro do Fluminense em uma situação específica, quando foi perseguido por um fã nas ruas de Riade, capital saudita.
– O cara parecia um maluco, me deu várias fechadas e não parava de me seguir, fiquei até com medo. Uma hora ele conseguiu me alcançar, emparelhou, abriu a janela e gritou que era um torcedor e só queria um autógrafo. Foi um alívio (risos) – contou Digão, hoje com 27 anos, que tem histórias para contar:
– Faltavam cinco minutos para o final do primeiro tempo quando o árbitro do nada parou o jogo. Todo mundo parou, entrou nos vestiários, rezou e voltou para o campo. Eu fiquei lá esperando, né? (risos). Aí eles voltaram, jogaram esses cinco minutos, acabou o primeiro tempo e descemos de novo. Faz parte da religião dele, temos que respeitar.
Natural de Duque de Caxias, Digão custou a entender os hábitos locais, como numa vez que entrou num shopping center com uma roupa nada adequada para os árabes.
– Se for sozinho de bermuda no shopping, não pode entrar de jeito nenhum. Uma vez consegui, mas só porque o segurança era torcedor do meu time e eu dei migué, falei que não sabia, que era a primeira vez que eu estava indo (risos). Ele disse que na próxima eu não entraria, mas me liberou e dei uma voltinha lá (risos).
O zagueiro, revelado no Fluminense, tem uma legião de fãs no Instagram, todos torcedores do Al Hilal e agradece o carinho:
– Recebo muitas mensagens, eles comentam tudo, é legal pra caramba. A torcida é muito apaixonada e eles respeitam muito os jogadores, ao contrário do Brasil, que muitas vezes não tem isso.