Um dos grandes nomes do Fluminense na temporada, o atacante Everaldo segue com o futuro incerto. A história, no entanto, poderia ser diferente. Pouco antes de assinar com o clube das Laranjeiras no ano passado, a cúpula verde, branca e grená fez a opção de compra, mas não acertou o valor do salário do contrato em definitivo, caso quisesse bancar esta opção ao final do vínculo. O NETFLU apurou que a situação ocorreu porque o Tricolor aceitou as condições impostas pelos empresários do jogador, mesmo o atleta vindo do desconhecido São Bento-SP.
Sendo assim, Everaldo chegou ao Fluminense com um salário pouco acima dos R$ 50 mil. A renovação a partir do meio de maio deste ano, previa, de início, vencimentos de R$ 120 mil mensais. A ideia não foi pra frente também porque, apesar da contratação, não era esperado que o jogador despontasse em tão pouco tempo com a camisa tricolor.
Ou seja, os dirigentes do Fluminense fizeram um acordo com o staff de Everaldo, mas sem estipular um valor de salário num contrato futuro, se optasse pela aquisição em definitivo. O pedido foi motivado por um dos empresários do atacante, Nelson Baptista, filho de Nelsinho Baptista, treinador de futebol. Ele não queria o acerto com o Tricolor, mas o outro empresário de Everaldo, Fabiano Barbosa, conseguiu convencê-lo do negócio.
Procurado para falar sobre o assunto, o Fluminense confirmou, por intermédio da assessoria de imprensa, que a ausência de um salário estipulado numa futura renovação fora um pedido dos representantes do jogador quando Everaldo acertou a ida para o Fluminense, no segundo semestre do ano passado.
No meio desse contexto, o estafe do jogador deixava claro, muito antes do término do contrato de empréstimo, a insatisfação com o Flu por conta dos atrasos salariais. Então, começaram a oferecer o atleta para outros clubes. Em fevereiro, procuraram o Grêmio e o Cruzeiro, que demonstrou interesse, mas desistiu no mês posterior. Em março, foi a vez de procurarem o Corinthians, provável novo clube de Everaldo.
Vale lembrar que o Alvinegro paulista combinou de pagar R$ 2,5 milhões por 50% dos direitos econômicos do atleta ao Velo Clube-SP, time que o emprestou ao Flu. Se realmente for assinado, o contrato valerá por quatro temporadas. Entretanto, o acordo de empréstimo dá ao Fluminense a prioridade de, até 17 de maio, comprar 50% dos direitos por R$ 2 milhões. O cúpula do Time de Guerreiros já dispõe do dinheiro, mas segue sem fechar acerto salarial com o atleta.
A última cartada foi tentada na última tarde, em Pernambuco. Diretor de futebol do Fluminense, Paulo Angioni se encontrou com o agente Fabiano Barbosa no hotel que serviu de concentração ao Tricolor no Recife, para conversar sobre o tema e convencê-lo de manter o cliente no Time de Guerreiros, incluindo uma nova proposta. A resposta definitiva acerca da situação, porém, deve sair na semana que vem.