De volta ao Fluminense contratado na janela do meio do ano, Nonato concedeu entrevista ao site ge na qual falou sobre o seu momento. Entre os assuntos abordados, o volante falou a respeito da importância de cuidar da parte mental. Jogador de 26 anos e considerado “diferentão” no elenco, até alvo das brincadeiras de Jhon Arias e Samuel Xavier pelos costumes peculiares, revelou os cuidados que tem fora de campo.
Nonato já escreveu prefácio de livro e participou de podcast para falar sobre ciência. Com amigo neurocientista, o volante se interessou pelo assunto, o qual considera muito importante para cuidar da parte mental.
— Tenho um amigo que é pós-doutor em neurociência. O nome dele é Leandro. É um cara muito estudioso, professor, que me inspira muito. Ao longo desses meses, ele vinha trabalhando em um projeto e me convidou para participar. Eu escrevi o prefácio, mas não sabia por onde começar. Vai lançar em outubro agora. Meu pai sempre brincava comigo que, antes de morrer, queria escrever um livro. Agora estou um passo à frente dele (risos). Participei do podcast dele, inclusive. Gosto de estudar a parte do cérebro, dos nossos pensamentos e emoções. Me interessei. Vejo que me ajuda (dentro de campo) e as pessoas ao meu redor. É algo que ajudou a minha vida profissional e pessoal – falou, completando:
— Quando a gente está no esporte de alto rendimento, somos levados ao limite. Físico e mental. Quem vive isso sabe como é. (A neurociência ajuda) Nessa parte mental, de estar focado no que está fazendo, de ter a noção, de como estar aprimorando. Estudando isso, você consegue melhorar. Eu estou bem no começo, mas o pouco que já aprendi, eu consigo aplicar no dia a dia de trabalho.
Em casa tem também a companhia do cachorrinho Lyu, um chihuahua búlgaro adotado por ele de uma família russa da época em que atuou na Bulgária com a camisa do Ludogorets. O animalzinho de estimação também dá muita força a Nonato nos momentos complicados.
— Ter um cachorro te ajuda psicologicamente e mentalmente falando. É uma companhia. Eu, particularmente, fiquei machucado algumas semanas e chegava em casa e via esse bichinho correndo para lá e para cá, cheio de energia e alegria. Já nem lembrava que o meu tornozelo estava machucado, nem lembrava que a gente tinha perdido ou empatado um jogo. Então, é muito importante ter esse momento de família. Eu falo para ela, assim, ainda bem que você me convenceu a ter porque não saberia como é. Nesse momento de família, a gente não tem um filho humano, mas a gente tem um filho búlgaro – contou.