Diego Cavalieri defendeu o Fluminense de 2011 e 2017 e conquistou três títulos (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Campeão carioca e brasileiro pelo Fluminense em 2012, Diego Cavalieri chegou ao clube em 2011, vindo do Cesena, da Itália. O início com a camisa tricolor foi para lá de tortuoso. O goleiro recorda as dificuldades no começo, a barração e revela o segredo para a volta por cima.

– Não foi só legal não (risos). Joguei quatro ou cinco jogos no começo e já fui pro banco. Pensei: “meu Deus do céu, não é possível!”. Cheguei o Fluminense tinha sido campeão brasileiro em 2010. Tinha o Berna, o Fernando Henrique e o Rafael. Aí eu cheguei o Fernando Henrique saiu. Eu cheguei, na Itália tava menos 5, aqui tava 40 graus. Eu tava morrendo. Aí os caras perguntavam: “você está bem”. Eu falei: “Tô”. Vou falar que não estou bem? (risos). Os caras não sabiam que eu tava todo errado. O Muricy era o treinador e me colocou. Aí foram quatro ou cinco jogos. Ritmo de jogo, treino, tudo é difefente. Lá treinava uma hora, uma hora e pouco e ia para casa. Os caras não deixavam você treinar mais. Aqui tinha de começar o treino antes. Todo o processo de adaptação. Perguntaram se tava pronto, eu falei que sim. Aí fui, joguei quatro, cinco jogos. Num jogo de Libertadores, no Engenhão, fui vaiado pra caramba. Aí no outro jogo já entrou o Berna. Fiquei no banco. Aí chegou o Abel e foi quando comecei a jogar. Ninguém gosta de ser vaiado, mas tem de manter a cabeça tranquila. Não pode se desesperar. Eu lembro que quando voltei a jogar, começavam a gritar pelo nome do Mariano. Nem falavam meu nome. Torcedor é assim, ele é fanático, apaixonado. Precisa ter a cabeça tranquila pra resgatar a confiança. Graças a Deus, depois fomos campeões brasileiros em 2012 e foi um ano maravilhoso – comentou.