Devolvam o nosso Fluminense!


Fala galera!

 
 
 

Triste tarde tricolor no Maracanã, no último sábado, diante do Vasco. O Fluminense parece não ter entrado em campo e viu o rival dominar a partida com muita facilidade. Preocupa a apatia do elenco durante alguns jogos. Atletas que decidiam, como Wellington Silva e Scarpa, demonstram total falta de comprometimento. Wendel, com a cabeça na Europa, parou de desequilibrar. Orejuela, sem Sornoza, também não é mais o mesmo.

E o que falar dos nossos laterais? Leo Pelé não teria vaga em meu time de pelada. Não mesmo! Lucas, como diz meu amigo e companheiro de NETFLU, Leandro, tem a pilha fraca. Não aguenta o tranco. O reserva imediato dele, Renato, infelizmente não tem condições de vestir a camisa do Fluminense. Desde Bruno e Carlinhos que, na época eram contestados, não temos bons laterais. Ano após ano com dificuldades pelos lados do campo. Sem falar em Abel Braga, que insiste em entupir o time de atacantes, deixando o meio sem organização alguma.

A GESTÃO

Fora de campo o cenário é assustador. Com a mentalidade pequena, o Fluminense busca se reforçar com jogadores vindos das séries B e D do Campeonato Brasileiro e da Liga II da Eslováquia.

Não há orçamento para contratações de peso, sem patrocinador master e os direitos de imagem estão atrasados. Não me espantaria se justificasse o baixo rendimento de muitos, devido aos atrasos e, ao mesmo tempo, o clube investindo alto em atleta da série B, enquanto os direitos de imagem continuam não entrando na conta da rapaziada.

Richarlison já brilha na Inglaterra

O sócio torcedor é limitado, difícil de ser contratado e não motiva assinar para ver Romarinho em campo como solução (Entenda aqui).  Nossos melhores jogadores estão sendo vendidos em negociações mal conduzidas e não há perspectiva de reposições à altura.

Voltando a falar do fator campo, na gestão atual e anterior, que são as mesmas, o rendimento é muito aquém às tradições do Flu. De acordo com estatísticas divulgadas pelo site Fluzão.info, de 74 jogos até agora, são apenas 19 vitórias, com o mesmo número de derrotas.

O PASSADO RECENTE

Passado o pior momento da nossa história, a década de 90, o Fluminense renasceu das cinzas. Voltou a disputar as maiores competições continentais em alto nível. Buscamos o título da Copa do Brasil em 2007, finais de Libertadores e Sul-americana nos anos seguintes, além dos dois Brasileirões em 2010 e 2012. Ficamos bem acostumados a brigar na parte de cima e ver grandes jogadores no time.

Adianto que não apoio candidato algum, mas Celso Barros entra na pauta. Nos tempos de Unimed, a cada janela de transferências cantávamos “O Celso vai te comprar!”. Antes disso, até. Bastava uma boa oportunidade para a torcida tricolor ter esperanças de um novo reforço.

Lutamos pra não cair com a Unimed por erro de planejamento. E não foram poucas vezes: 2003, 2006, 2008, 2009 e 2013.  Mas havia perspectiva. Sabíamos que após uma temporada ridícula, a seguinte poderia ser melhor. Só pra citar um exemplo, após um 2003 horroroso, tivemos o quadrado Roger-Ramon-Edmundo-Romário. Fracassou. mas qual tricolor não ficou esperançoso? A atitude era de clube grande e isso mexia com o torcedor. E nem preciso citar os três títulos nacionais e as finais internacionais.

Tivemos ainda Rafael Sobis, Thiago Neves, Petkovic, Deco, Washington, Fred e por aí vai. O último citado, por exemplo, teve recepção de gala no Salão Nobre. Atualmente, nossos melhores estão de saída. Reforços? Modestos. Não vão resolver.

Todo esse cenário está abatendo a torcida. Ontem, sentimos o golpe. E não reage. O Fluminense precisa voltar a pensar grande, dentro das nossas tradições. Voltar à mentalidade dos anos 90 poderá nos levar a um lugar que não gostaríamos. A história todos nós sabemos.

Por favor, devolvam o nosso Fluminense!

Saudações!