Duas temporadas e nenhuma afirmação. O ciclo de Osvaldo no Fluminense chegou ao fim no início da temporada passada. Após rescindir contrato com o clube, o atleta fechou com o Sport, onde também não se firmou. Um ano e meio depois, o Tricolor das Laranjeiras ainda deve salários e 13º ao atacante, além do pagamento da comissão da empresa que representa o jogador. Em entrevista ao NETFLU, o empresário do atleta, Adauto Nazaro, deu mais detalhes sobre a situação, destacando que entrará na Justiça contra o Flu.
– Nós temos uma relação muito boa com o Fluminense, com o Marcelo Teixeira (diretor das categorias de base), mas realmente existe uma pendência com o atleta, que é mais complicada, porque estamos falando de dois anos (2016 e 2017). Fizemos duas vezes um acordo com o Fluminense e não cumpriram nas duas vezes. Temos uma linha de diálogo, porém, apesar de gostar muito de todo muito de todo mundo lá dentro, não vai sobrar muita coisa e vamos ter que entrar com uma ação. Temos que ver o que é interessante para a empresa (que controla a carreira de Osvaldo) e para o atleta – revelou.
Tendo realizado 62 jogos com a camisa tricolor, Osvaldo marcou apenas seis gols, mas chegou a conquistar um título: o da Primeira Liga, em 2016. Com uma audiência marcada para o próximo mês, no Rio de Janeiro, o atleta e seu estafe tentarão, de forma judicial, receber o que entendem ter direito. O site número 1 da torcida apurou que a dívida ultrapassa os R$ 2 milhões, mas pode quadruplicar por conta de juros e multa. Embora o agente do atacante não queira se debruçar sobre valores, ele comentou a respeito deste cenário.
– Não comentarei quanto o clube nos deve para preservar tanto nós como o atleta. Vamos ver se o Fluminense se coloca de pé para saldar isso. Não é um problema isolado, envolve outros atletas também. Depois da saída da Unimed, o momento do clube é complicado. A questão é que o valor é um, mas quando você vai pra Justiça, ele quase quadruplica e aí fica complicado – frisou.
Um dos destaques do Buriram United, atual campeão tailandês, Osvaldo não é o único a passar por esse tipo de problema no Tricolor. Seu empresário, que também comanda a carreira de alguns jovens da base do Fluminense, contou que até atletas que recebem entre um e três salários também têm sofrido com atrasos e falta de pagamento. Mesmo numa posição complicada, o agente tenta observar o contexto com otimismo.
– Nós vemos o engajamento de muita gente, todo mundo corre, o Marcelo Teixeira faz um belo trabalho, mas não dá pra enxugar gelo. Espero que o Fluminense consiga vencer Sul-Americana para saldar a dívidas. Tenho outros atletas do Flu, na base, que dependem de R$ 1.500 ou R$ 2 mil de salário até para comer, manter as contas em dias. Temos de torcer para que o Abad consiga fazer o Fluminense pelo menos colocar em dia o que deve aos funcionários e atletas, senão o clube não se sustenta.
Esperando até por uma provável demora em receber os valores, o Adauto Nazaro tratou o imbróglio com bom humor.
– É só mais uma batalha. Se eu não receber agora, acredito que o meu filho poderá receber no futuro – concluiu.