O meia-atacante Jhon Arias, um dos destaques do Fluminense desde a temporada passada, comentou em entrevista ao Trivela sobre sua infância difícil em Quidbó, uma área pobre da Colômbia. Embora o panorama na cidade fosse de violência e abandono social, o jogador falou sobre sua família sempre ter dado o necessário, sem luxo, mas que fez ele nunca pensar em seguir os caminhos errados.
– Quando você cresce em um ambiente difícil, você desde pequeno cria um caráter forte, e isso ajuda no futebol. Te faz encarar a dificuldade com esperança, com a vontade de prosperar. Sou um bom exemplo de que a perseverança sempre traz bons frutos. No meu caso era fácil desistir. Vivi em uma cidade perigosa, rodeada de favelas, muito difícil de prosperar, mas nunca me interessei por nada de errado. – disse Arias.
O atleta que hoje representa sua seleção, só pôde sair de casa para tentar a sorte no mundo do futebol após acabar a escola, aos 16 anos, como havia sido determinado por sua mãe. A partir disso, ele foi para Cali, jogar pelo Boca Juniors (COL), mas via a faculdade como um destino mais fácil, e quase desistiu de sua carreira no esporte.
– Teve uma época em que eu pensei em deixar o futebol de lado e fazer uma faculdade. Queria ser médico. Na cidade em que eu cresci, também era muito difícil ser jogador. Falta oportunidade. É uma cidade pequena, sem clubes, precisa sair de lá para Medellín ou Cali. A gente não enxerga a oportunidade perto de nós. – explicou ele.