Câmara dos Deputados tem de votar MP nesta terça-feira, ou ela perderá a validade (Foto: Luis Macedo - Câmara dos Deputados)
Câmara dos Deputados tem de votar MP nesta terça-feira, ou ela perderá a validade (Foto: Luis Macedo – Câmara dos Deputados)

Apontado pelo Bom Senso como responsável por quebrar um acordo para a votação da Medida Provisória (MP) 671, que trata do refinanciamento das dívidas dos clubes com a União, o deputado Marcelo Aro (PHS-MG) negou o acontecido e criticou o movimento formado por jogadores. Ele, inclusive, quer a apreciação da MP ainda nesta terça na Câmara dos Deputados, prazo limite para a MP ainda ter validade.

– O Bom Senso saiu falando por aí que eu tinha feito um acordo e joguei o acordo fora. É mentira. Se eles provarem que eu fiz algum acordo e não cumpri, eu entrego imediatamente o meu mandato. Eu não participei de reunião nenhuma e não fiz acordo. Eles mentiram. Eu sou a favor da MP e isso eu quero que fique claro. Sou contra o intervencionismo nesse tipo de matéria. Vou dar um exemplo: eu acho que um dos problemas das dívidas dos clubes são os altos salários dos jogadores. Eu defendo que exista um teto. Mas não vou tentar colocar isso na lei, porque não acho que seja o melhor lugar. Os jogadores precisam de bom senso. Tem alguns que ganham muito e não jogam nada. Tinham que jogar mais e falar menos. Mas o que tem isso com o refinanciamento? Nada. Por isso, não vou tentar colocar – disparou o deputado.

 
 
 

Diretor de ética e transparência da CBF, Marcelo Aro afirma ser contra os excessos previstos na lei. Ele garante querer apenas enxugar a MP e não inviabilizá-la.

– Eu espero que a gente consiga tirar os excessos. É isso que eu defendo. Eu sou contra o ponto das CNDs, sou contra o limite de gastos no futebol, eu sou contra limite no direito de imagem, eu sou contra mexer no colégio eleitoral das entidades. Acho que tudo isso não deveria estar no texto. Mas, ainda assim, mesmo que não tenha acordo, eu vou defender que vá para o plenário. O voto é soberano. É ele que vai decidir – disse.


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