Rodrigo Mendes
Parecia repetição de quarta-feira, mas não era. Na tarde deste domingo, no Maracanã, o Fluminense voltou a ser operado pela arbitragem, jogou mal demais e só mudou no roteiro o adversário. O Flamengo, infinitamente superior em campo e com 12, venceu sem dificuldades por 3 a 1. Emerson (após passe de mão de Wallace), Kayke e Paulinho fizeram os gols rubro-negros. Jean, de pênalti, descontou. Estacionado nos 33 pontos, o Tricolor, além de ultrapassado pelo rival, vê o G4 do Brasileiro a quilômetros de distância.
Se a primeira impressão é a que fica, a deste Fla-Flu foi infalível. Mal a bola rolou a o rival mostrou ter entrado bem mais ligado no jogo. Muito modificado por Enderson Moreira e com três volantes, o Fluminense dormia e dava espaços para quem os quisesse aproveitar. Em menos de cinco minutos, Diego Cavalieri já havia feito duas grandes defesas. Uma em cabeçada de Wallace e outra em chute à queima-roupa de Kayke aproveitando pichotada de um inseguro Gum.
Para o time da Gávea abrir o marcador bastou uma mãozinha do péssimo árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro e de Wallace. Após cobrança de escanteio, o zagueiro tocou com o braço para Emerson completar no fundo do gol. Perdido em campo, o Flu ainda se tomou pelo nervosismo saindo atrás e com a repetição de uma detestável arbitragem contra.
O Flamengo soube se aproveitar muito bem. Os velozes Emerson e Kayke levavam muita vantagem jogando às costas dos pesados zagueiros tricolores. Scarpa, novamente improvisado na lateral esquerda, também era uma avenina. E foi justamente aproveitando a lentidão de Gum, que errava tudo, diga-se de passagem, que Kayke recebeu para ampliar. Os rubro-negros poderiam até ter feito mais, porem, desperdiçaram boas chances.
Pelo lado do Fluminense, com um pouco mais de velocidade, Wellington Silva e Osvaldo eram os únicos que ainda incomodavam o Flamengo de alguma forma. Mas era pouco demais.
Na volta para o segundo tempo, Enderson Moreira sacou o amarelado Jean e promoveu a entrada de Marcos Júnior e o Fluminense, ao menos, teve uma mudança de postura. Passou a colocar mais a bola no chão e também a agredir o adversário. Um pouco mais ousado, o Tricolor conseguiu descontar quando Marcos Júnior sofreu pênalti de Samir. Na cobrança, Jean marcou.
Porém, com uma zaga formada por Gum e Henrique, não dá nem para se animar. Não demorou para os defensores tricolores darem um latifúndio de espaço aos atacantes rubro-negros e Kayke, livre, teve duas chances para cruzar na cabeça de Paulinho: 3 a 1 no placar e fatura liquidada. No fim, Everton ainda parou Cícero com falta na entrada da área e foi expulso. Só que não dava tempo para mais nada.
E agora, Enderson? Pergunta lá no Posto Ipiranga como faz para o Fluminense, ao menos, arrumar uma vaga na Libertadores do ano que vem. Será que dá para arrumar alguma coisa na Copa do Brasil? Difícil, mas é o que resta…
O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Henrique e Gustavo Scarpa; Pierre (Marcos Júnior), Douglas, Jean e Cícero; Osvaldo (Gerson) e Michael (Wellington Paulista).