O Fluminense, contrário ao recomeço do Campeonato Carioca em meio à pandemia do novo coronavírus, foi um dos últimos times a retomar os treinamentos presenciais (o Botafogo foi o último, um dia depois do Flu). Mas a questão teve um longo debate interno, segundo noticia o site “Globo Esporte”.
A partir do retorno do Flamengo, seguido do Bangu e dos demais clubes, a comissão técnica levou o caso ao diretor de futebol, Paulo Angioni, e posteriormente debateu com o presidente, Mário Bittencourt. A preocupação era com o lado físico do time. Preparadores e fisiologistas indicavam que a equipe sentiria demais e sugeriram abreviar a volta ao CT Carlos Castilho. Afinal, o clube brigava praticamente sozinho e o aliado Botafogo esteve perto de largar a causa no meio do caminho, o que não ocorreu.
Nas diversas reuniões, Mário ponderou que não mediria esforços no sentido de adiar o retorno do Carioca, seja nos arbitrais, esferas jurídicas desportivas e até na Justiça Comum. O presidente ainda deixou Odair e a comissão técnica tranquilos em relação ao reinício. Após a derrota diante do Volta Redonda por 3 a 0, Bittencourt assegurou o respaldo ao treinador. Foram só nove dias de treinos em campo até o primeiro jogo.
O título na Taça Rio, conquistado nos pênaltis diante do Flamengo, trouxe alívio na comissão técnica depois de considerar arriscada a estratégia. Eles, no entanto, entenderam a questão política de bastidores. A preocupação para as finais do Estadual continua, principalmente pelo desgaste após quatro jogos em 11 dias.