Há dois dias, o Fluminense deveria ter entregado parte do balanço financeiro de 2017, mas não o fez, gerando revolta de sócios, conselheiros e figuras políticas importantes. Vice financeiro do clube, Diogo Bueno foi questionado, em entrevista ao portal Globo Esporte, se o atraso estava previsto e foi informado às autoridades.
– Nós estávamos em um esforço tremendo para não perder o prazo. Entretanto, quando vimos que tinham algumas decisões com relação às demonstrações financeiras que não teriam tempo hábil, resolvemos não estar publicando as demonstrações financeiras e comunicamos ao órgão de controle que teríamos alguma dificuldade em apresentar pois não estávamos seguros dos números. Isso leva a assinatura pessoal minha, vice de finanças, do diretor financeiro, do presidente do clube. E eu, no meu papel, tenho que falar: “olha presidente, esses são os melhores números que o Fluminense tem a apresentar”. Fizemos um esforço tremendo. Chegou a ter cerca de oito pessoas dos auditores externos dentro do clube trabalhando diuturnamente para poder cumprir o prazo, só que nossa biografia não permite entregar. Como todo mundo está enxergando que há boa fé demonstrada, não há omissão de fato algum – muito pelo contrário, as demonstrações financeiras virão as mais detalhadas possíveis, inclusive com a abertura de todos os dados pelos quais estamos fazendo essa retificação nas demonstrações de 2016. Infelizmente não cumprimos o prazo, mas é tudo por uma boa causa, que é para poder chegar para a torcida do Fluminense, sócios e patrocinadores e dizer: “olha, houve um problema, os números são esses e esse é nosso plano de ação”. Isso pensando no Fluminense não em seis anos, ou em mandatos como foi o que a Flusócio fez, mas pensando em instituição – frisou.