Hoje no Fluminense, Cristóvão Borges revela já ter sofrido com racismo por parte de alguns torcedores quando treinava o Vasco. O técnico não generaliza como algo da torcida, mas afirma ter sentido na pele uma certa implicância.
– O racismo existe, não tem como esconder. No Vasco, quando eu tirava o Felipe ou o Juninho, o torcedor achava que eu estava maltratando o ídolo. Para o torcedor, era muito abuso partindo de um ex-assistente, e negro, que ainda por cima defendia suas convicções. Eu me coloco. E essa coisa incomoda. Eu defendo minhas convicções independentemente de gostarem ou não, de ser vaiado ou não. Sei que isso incomoda. Não faço para agradar. Defendo e sustento. Como sou negro, percebo a agressividade. Os caras dizem: “Seu negro filho da p…”, ou algo assim. Aí, você percebe que está incomodando e que isso acontece não somente pela posição que está ocupando. É ofensa pessoal. Mas me sinto muito à vontade diante dessas situações – afirmou.
Já no Fluminense, Cristóvão afirma nunca ter sofrido nada parecido.
– Não. No Vasco, quando os torcedores ficavam com raiva, iam para perto do banco de reservas. Pela agressividade, dava para perceber que tinha coisa de preconceito. Estou falando de uma pequena parte da torcida. Não é a torcida do Vasco – disse.