Após ser vítima de injúria racial no Santos, o goleiro Aranha, hoje no Palmeiras, resolveu expor sua repudiação à gremista que o ofendeu. Perguntado se tem vontade de gritar contra os crimes relativos à cor, Cristóvão Borges disse que não, pois o trabalho o impede.
– Tenho muita coisa para fazer. Tenho muito trabalho. Sou responsável por atender a ansiedade desse povo todo. Está todo mundo esperando que eu responda. Não tenho tempo para perder com conversinha, discussão, em xingar, devolver. Valorizo muito o meu tempo. Meu negócio é trabalho. É através do trabalho que vou ultrapassar isso. É o que o tempo tem me mostrado. Saí do Vasco, fui pro Bahia, estou no Fluminense. Aqui, não estou passando por isso (racismo). Aqui, é a coisa do imediatismo, a cobrança por resultado. Existe essa insatisfação. Agora, sei que incomoda o meu jeito de defender minhas posições. As pessoas ficam incomodadas com quem se coloca. E eu me coloco – declarou.