A torcida do Fluminense ainda desconfia do time e de seu treinador. Prova disso é que a cada resultado negativo, Cristóvão Borges é hostilizado, principalmente por suas substituições, por vezes, questionáveis. O técnico entende a crítica no futebol, mas não esconde a chateação.
– Me incomodou quando percebi que era uma coisa orquestrada por maldade. Eu não me incomodo de ser criticado. A função exige isso. Se você não puder ser criticado como treinador de futebol, não tem a menor chance de êxito em nada em lugar nenhum. Não tenho o menor problema com isso, mas vi uma coisa de maldade. E daí começou a trazer prejuízos, pois virou um grande evento uma substituição. Criou-se uma atmosfera. Foi tão forte, orquestrado, uma coisa tão maldosa, que se o Messi jogasse no Fluminense e eu o chamasse para jogar, ia ser vaiado. O nível era esse. O momento em que essa coisa aconteceu e foi mais forte, foi contra o Cruzeiro, na entrada do Kenedy, um garoto promissor, 19 anos, um jogador que provavelmente, se continuar assim, vai estar nas Olimpíadas, e foi vaiado. Foi vaiada a entrada dele, a minha intenção de substituição. O garoto foi lá, fez o gol, aquele gesto… (pedido de silêncio). Poderia ter causado uma relação ruim com a torcida por causa de uma irresponsabilidade de alguns em querer criar uma coisa descabida – reclamou Cristóvão.