Mais uma promessa não cumprida pela diretoria do Fluminense acarretou na paralisação dos jogadores, nesta terça-feira, na reapresentação do elenco no CT da Barra. Antes de decidirem não treinarem no campo, os atletas conversaram com o técnico Fernando Diniz e explicaram o motivo da “greve”. Além disso, entenderam que tal decisão não prejudicaria na preparação para o jogo contra o Bangu.
O descontentamento pelas recentes contratações ocorrerem antes dos atrasados serem pagos causou irritação dos atletas com o presidente Pedro Abad. O Fluminense deve o 13º salário de 2018, o mês de janeiro deste ano, direitos de imagem (novembro, dezembro e janeiro), além de duas premiações (Brasileiro e Copa do Brasil). No total, a dívida é de aproximadamente R$ 11 milhões.
O NETFLU apurou nesta terça-feira que o estopim para os atletas foi devido a um valor que a cúpula tricolor afirmou que entraria na conta do clube sexta-feira, mas a mesma estava bloqueada. As promessas têm se arrastado, pelo menos, desde 9 de fevereiro, quando o presidente Pedro Abad, o vice Fabiano Camargo e o diretor geral, Fernando Simone, se reuniram com os jogadores prometendo uma solução em curto prazo.
O técnico Fernando Diniz compreendeu a situação e respeitou a decisão dos jogadores. A ideia da paralisação já era antiga e o treinador conseguiu evitá-la antes do clássico contra o Flamengo. Na ocasião, Diniz, junto de Digão – capitão da equipe – se reuniu com Paulo Angioni. A decisão de “greve” foi tomada em conjunto por todos os atletas.
Há o desgaste de ouvir poucas previsões de solução do problema e o presidente Pedro Abad não tem convencido nas explicações. A contratação de Ganso causa uma dúvida interna sobre a situação financeira do clube. Porém, não há nenhuma ressalva em relação a chegada do meia e de outros reforços por parte dos jogadores. O desconforto é com a postura de direção de investir antes de pagar o que se deve.