Barriga de aluguel. Essa é a sensação que paira na atual cúpula de futebol do Fluminense, encabeçada pelo vice-presidente geral, Celso Barros, ao entrar no mérito dos contratos de Allan e Caio Henrique. Destaques do Tricolor na temporada, os jogadores têm contrato até o final do ano, mas a gestão Pedro Abad não deixou nenhum percentual de vitrine para o Flu, tampouco costurou um acordo com preço fixado de compra.
Sendo assim, a permanência dos jogadores, valorizados não só pelas atuações, mas também com as convocações para a seleção olímpica, se torna ainda mais difícil. Apesar do cenário, Celso Barros mantém a esperança, sem deixar de alertar que o contrato feito na administração Abad é um grande complicador para as pretensões tricolores.
– Na verdade, a gente enfrenta alguns problemas porque a gestão anterior do Fluminense não fez, em nenhum dos dois contratos, percentual de vitrine ou fixou valor. Mas estamos esperançosos de que essas situações possam ser resolvidas. É interesse do Fluminense que os dois atletas prossigam no clube – revelou o dirigente ao NETFLU.
Vale lembrar que na última segunda-feira, o vice-presidente geral esteve com os amigos Sandro Lima, ex-vice de futebol do clube, e Deco, campeão brasileiro e carioca pelo Time de Guerreiros. O luso-brasileiro também é agente de Caio Henrique e mantém boa relação com o Atlético de Madrid (ESP), detentor dos direitos do jogador.
Por fim, parte do caso dos atletas se assemelha ao de Everaldo, atualmente no Corinthians. A única diferença é que ex-atacante tricolor tinha valor fixado, mas nenhum acerto salarial ou renovação dos vencimentos previsto em contrato. Desta maneira, a gestão Abad deixou o clube vulnerável com relação aos atletas. Os clubes europeus podem se aproveitar da valorização de Caio Henrique e Allan e tentar vendê-los ou negociá-los por empréstimo, mas recebendo um valor em troca.