Bem perto de ser confirmado como reforço do Fluminense para a temporada, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa está apenas por exames médicos para assinar contrato com o Tricolor. O jogador de 30 anos deve vir, inicialmente, por empréstimo junto ao Grêmio até dezembro, mas podendo assinar em definitivo com o Flu até o fim de 2024.
O portal GE dissecou as últimas passagens do atleta por grandes clubes do futebol brasileiro, Palmeiras e Grêmio, para tentar chegar em um consenso e fazer o torcedor tricolor responder a pergunta: é a válida a contratação de Diogo Barbosa? Confira o resumo e tire suas conclusões:
Títulos e R$ 12,4 milhões no Palmeiras
Após Diogo Barbosa brilhar no Cruzeiro em 2017, o Palmeiras investiu € 3,2 milhões de euros (R$ 12,4 milhões na cotação da época) para comprar 50% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo, segundo revelou uma reportagem do site “Uol” em 2018 – os outros 50% pertenciam ao Coimbra-MG, clube usado pelo banco BMG para registrar seus jogadores.
No Verdão, o lateral-esquerdo assinou contrato de cinco anos, até dezembro de 2022, e chegou com moral ao clube, onde foi campeão brasileiro e paulista. Mas depois perdeu espaço para Matías Viña e Victor Luís. Ao todo, foram 103 jogos e seis assistências com a camisa alviverde.
– Diogo Barbosa chegou em alta e com grande investimento da diretoria do Palmeiras em 2018, pouco depois de se destacar contra o próprio clube, pelo Cruzeiro. Foi dono da posição durante a maior parte do tempo da sua passagem pelo Verdão, mas nunca conseguiu se impor de maneira absoluta como destaque nem cair nas graças totalmente da torcida. O Felipão em 2018 meio que dividia o time, tinha o das Copas, mais de titulares e onde estava o Diogo, e o do Brasileiro. Ele foi campeão brasileiro naquele ano e também fez parte do grupo que venceu o Paulistão de 2020, mas já com menos espaço na época. A principal característica mostrada com a camisa palmeirense foi o apoio ao ataque – disse Felipe Zito, setorista do Palmeiras no ge na época.
R$ 9,8 milhões e cláusulas não atingidas no Grêmio
Em setembro de 2020, o Grêmio viu o momento de baixa de Diogo Barbosa como uma oportunidade para tirá-lo de São Paulo e assinar com o lateral-esquerdo por três anos e meio, até o fim de 2023. Para isso, pagou R$ 9,8 milhões por 25% dos direitos econômicos do Palmeiras e amarrou a compra dos outros 25% da seguinte forma:
- Em 2021: o Grêmio teria que comprar 12,5% dos direitos por € 750 mil euros (R$ 4,7 milhões na cotação de dezembro de 2021) se o atleta fosse utilizado em pelo menos 60% dos jogos;
- Em 2022: o Grêmio teria que comprar 12,5% dos direitos por € 750 mil euros (R$ 4,1 milhões na cotação de dezembro de 2022) se o atleta fosse utilizado em pelo menos 60% dos jogos.
– Diogo Barbosa foi contratado pelo Grêmio para resolver a lateral esquerda. Chegou por um valor alto, próximo dos R$ 10 milhões, e isso acabou por ser um peso a ser carregado na passagem por Porto Alegre. O lateral não correspondeu à expectativa criada, apesar de ganhar sequência e confiança do técnico Renato Portaluppi. Teve também uma relação conturbada com a torcida. Recentemente, em empate com o Bragantino, errou no lance do empate sofrido e foi vaiado na Arena. Ali ficou definida a saída, embora ele tenha atuado em partidas seguintes – explicou Eduardo Moura, setorista do Grêmio no ge.
Porém, o lateral-esquerdo não bateu a meta de jogos em nenhum dos dois anos: jogou só 38,8% das partidas do Grêmio na temporada de 2021 e 49% na de 2022. Ao todo, foram 106 jogos, dois gols e nove assistências com a camisa tricolor, mas acabou sendo perseguido pela torcida.