Treinador da Cabofriense e presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj), Alfredo Sampaio admite ser contra o retorno do futebol durante o período de pandemia do novo coronavírus, conforme se desenha no que diz respeito ao Carioca. No entanto, não há muito o que fazer. O técnico, por outro lado, defende um tempo mínimo de preparação, pois os jogadores já estão há um bom tempo inativos.
– A posição do sindicato é que não deve voltar o futebol. Ainda tem muita gente morrendo. Mas vai voltar porque está autorizado. Uma pré-temporada adequada tem de 20 a 25 dias, como na Europa. Mas isso não ocorre no Brasil. Nosso cenário é de 12 dias. Marcando uma data os jogadores precisariam de dez a 12 dias de preparação já que são três meses sem jogar – disse.
Sampaio, porém, também é enfático ao falar das responsabilidades de todos caso jogadores tenham lesão pela volta abrupta. O presidente da Saferj destaca ainda a dificuldade dos clubes menores no sentido de trabalhar os atletas, por conta das condições de trabalho.
– Vai ser um momento de cada um tomar suas responsabilidades. A tendência do cara mal preparado é que ele se lesione. Clubes menores não têm nada disso de preparação. Tem que ter um mínimo da coerência. Uns vão treinar mais, outros menos e vão usar o argumento que já liberaram as atividades desde maio. Estamos caminhando para um momento que o clube e todo mundo vai ter que assumir responsabilidade – falou.