Por conta de um pedido de suplemento nas contas para gastos com o futebol, Peter Siemsen foi convocado pelo Conselho Deliberativo a prestar esclarecimentos. O conselheiro Ademar Arraes fez duros questionamentos e citou até mesmo a possibilidade de impeachment do presidente do Fluminense.
– Na verdade, teremos de ver alguns gastos completamente contrários. Não temos nada no clube de documento que comprovem os gastos com Maracanã. Tem direitos de imagem em R$ 10 milhões, mais o aumento de R$ 3 milhões com escritório de advocacia, inclusive a do vice de futebol (Mário Bittencourt). São questões que podem causar um impedimento do presidente, pois ferem o estatuto do clube – ameaçou.
Do outro lado, Peter Siemsen rebateu e afirmou ter aumenado a receita do Fluminense. Por isso, também evoluiu no investimento com o departamento de futebol.
– Na verdade, o pedido de suplementação decorre de um dispositivo no estatuto que pede que antes do ano fiscal faça um requerimento ao conselho para se adequar a previsão de despesas. Natural que no Fluminense ao fim de cada ano se faça esse pedido de suplementação. Normal numa empresa você fazer uma previsão de despesa e não ser cumprido a rigor, no clube de futebol com tantas instabilidades então é mais ainda. Esse pedido de suplementação de R$ 36 milhões é uma adequação, pois também houve uma mudança na receita, cuja previsão está na casa de 180 milhões, um crescimento de mais de $ 50 milhões. Ainda mais num ano após saída de Unimed, que foi abrupta, quando tinha mais de um ano de contrato. O pedido de suplementação é normal. Não vejo nenhum problema em relação a isso. O conselheiro diz que vendemos muito jogador a preço de banana e isso gera o superávit, mas mostra que ele não conhece nada de Fluminense. A venda de Gerson não está prevista nisso aí, só a primeira parcela, de 1,5 milhão. Então 14 milhões de euros da venda de Gerson constarão na conta de 2016. Não entraram no balanço de 2015. A venda do Kenedy foi importante. A do Biro também pensando a longo prazo na parceria com o Nova Iguaçu. Acho que o mais legal é o fato do Fluminense ter números bem legais em ano que comentavam que o Fluminense seria uma catástrofe. Vamos fechar o ano com diminuição de dívida, superávit que não acontecia desde 1997, previsão de investimento no ano que vem. Construção a 200 por hora de centro de treinamento. Vamos entregar, se Deus quiser, no meio do ano um CT no coração do Rio de Janeiro que é a Barra da Tijuca. Não sei mais o que posso fazer pelo Fluminense – disse.