Com duas vitórias por goleada no Carioca Feminino, uma por 21 a 1 e outra por 7 a 1 contra Angra dos Reis e Portuguesa, respectivamente, o Fluminense segue com 100% de aproveitamento. Em seu elenco, Edilene de França, a Lene, vive fase artilheira e tem se destacado com sete gols marcados, sendo três no primeiro jogo e quatro na segunda partida.
A atleta começou a jogar futebol aos oito anos de idade, com o apoio da família, e contou que tem sido muito difícil para seus parentes não poderem comparecer aos seus jogos para torcer, isso por conta da pandemia do coronavírus e do fechamento dos estádios.
– Hoje eles acabam sofrendo bastante por não poderem estar na arquibancada torcendo. Para minha mãe, foi uma alegria muito grande quando falei para ela que eu iria jogar no Fluminense, porque é o time de coração dela. Quando fui às Laranjeiras assinar o contrato, ela foi comigo, e a Amanda (Storck – gerente do Futebol Feminino) deu a ela o privilégio de poder conhecer o museu do clube, ficando bem emocionada. A primeira vez dela no Maracanã também foi por meio do Fluminense, pude levá-la para assistir bem de perto, e me ver dando a volta no Estádio para sermos apresentadas à torcida – relembrou.
Na entrevista, Lene também contou os motivos que a fizeram querer seguir a carreira de atleta profissional e também revelou quem foi sua inspiração no futebol para não desistir de seu sonho, uma companheira de equipe sua, Kelly.
– A pessoa que sempre me inspirou foi a Kelly, pela sua história, e tudo o que ela viveu no futebol e Seleção, desde muito nova. Pude realizar o sonho de jogar com ela uma competição de campo pelo Duque de Caxias e quando ela voltou a jogar pelo Fluminense, eu fiquei muito feliz. Ela é uma pessoa que me inspira muito. Lembro que na época de escola, ela chegou com uma medalha das Olimpíadas, e eu cheguei a ficar emocionada. Cada dia eu me inspirava mais para conseguir alcançar coisas maiores no futebol, assim como ela conseguiu – disse.